CLOSING THE YEAR


Last ride from the year in a sunny, cold and windy day. It was a good year with lots of indoor training and nice races. The highlights are below, on top of the great training rides I did with the Nike team and with Peter, my most constant cycling buddy this year.


Tour du ALS for the third time. Climbing the Mont Ventoux 3 times in one go and the best results and a great way to honor our friend Jos. Managed to climb all 3 times with a good cadence and especially the side from Maulacene where I managed to keep a great cadence uphill.



Col du Glandon on the Etape du Tour: a great ride in general but the climb of Glandon was very good and I managed to beat my own target by 10 minutes. The rest of the Etape on 41 degrees Celsius was less pleasant.


The  WTC Grensland Klassieker: a great team ride which I did half with the fast group and it was great feeling to be able to push in every climb.

The year in numbers:
Kilometers: 4.683
Activities (including gym): 128
Hours trained: 264
Hours on the road: 182
Kcalories: 133 thousand
Max speed: 82 km/h
Max heart rate: 190

ROUND UTRECHT

Sunrise at Utrecht Center 

That was the beginning of yesterday ride with Tom, Stef and John.  Good ride with a punchy speed on the lekdijk and being dropped climbing the Amerongseberg.  The damage Tom caused in the dike going over 40 km/h really worked out and I climbed the easy side of the hill with milky legs. But the rest of the ride against the wind was great and better than last week.   
Nascer do sol no centro de Utrecht. Esse foi o local onde começamos a volta de ontem com Tom, Stef e John.  Um treino bom com algumas partes bem fortes e eu sendo deixado pra trás no Amerongseberg.  A puxada de Tom no dique fez dano suficiente pra que eu fizesse a subida com músculos de leite, como dizem os holandeses.  O resto da volta foi boa senão bem melhor que se,ana passada.

Staring at the sea

Fazia muito tempo que eu não escutava The Cure. Muito tempo mesmo. A última vez que eu escutei BOYS DON'T CRY foi num tempo que eu não falava inglês e não entendia as letras. Essa semana, numa sexta-feira fria de começo de outono, com névoa e pouca gente na rua, me inspirei e coloquei o cd prá tocar no meu diskman enquanto caminhava para um dia de treino fora do ambiente de trabalho. No meio do caminho escutei KILLIN AN ARAB e fiquei com uma sensação de revelação todo o dia. Simplesmente adoro quando tenho esses momentos. É o que os filósofos chamariam de momento de contemplação.

Sempre gostei muito de Camus mas cada vez mais tenho noção que ao ler a tradução para o Português perde-se muito do que ele realmente queria dizer. L'ÉTRANGER foi traduzido no Brasil com o título O ESTRANGEIRO. O que é um pouco confuso. Étranger também significa estranho. Estranho de si mesmo. E é isso o que Meursault é. Algumas vezes me senti assim. Um estranho de mim mesmo que ando meio dissociado de minhas vontades. Nessas horas tudo é igual, não há diferença entre o sim e o não, o mal e o bem, o ficar ou sair. É por isso que Meursault não vai embora. Não se defende. Não vê diferença. Nessas horas meus amigos dizem que eu fico sério, sizudo, casmurro. Na verdade, eles não percebem que eu não estou alí. Eu não matei o árabe e também não posso escapar a responsabilidade do assassinato. Tudo é igual.

É por isso que eu acho a letra do The Cure genial. I'm a stranger, killing and arab. Não foi Meursault que matou o árabe. Foi o estranho que num momento de estranheza estava com uma arma na mão. Foi o estranho que disse a Marie que tanto fazia se ela sentasse à mesa com ele ou não. Que disse ao chefe que nunca se muda de vida. Em poucas palavras, o livro está explicado, as razões ou falta de razões estão alí e Meursault deixa de ser um enigma. i'm alive, i'm dead, i'm the stranger, killing an arab...

Tudo isso passou pela minha cabeça num piscar de olhos. A sensação de contemplação me acompanhou por várias horas e é como uma abertura dos sentidos. É como se tudo ficasse mais claro por esses momentos e sua mente trabalhasse com mais facilidade. Algumas vezes entendo porque Proust era daquele jeito. Acho que todos os artistas sinceros. Li o livro outra vez. Já perdi as contas das vezes que re-li o danado e já sei de antemão que essa não foi a última. Um dia quem sabe leio em francês. Mas antes, tenho Jack London esperando por mim...

OVERDOING IT... AGAIN

pic 102 kms | 3 h 47 m | avg speed 27.1 km/h | avg hr 156 bpm | 2.345 kcal

December 20th and I’m cycling 100 kms in 10 degrees and sunny day. When did that happen before? Never. But I’m not complaining. And to make the most of it, I overdid quite a lot, suffering the last 15 kms just to get back home. But it felt fantastic to be back on the road after 7 weeks of little training and no bike at all!

I met Richard and Tom in Hilversum and from there we went direction north, with a bit of cross wind or tail wind. It was good fun and we even saw a running llama on the other side of the road. I’ve raced cats, dogs and even eagles. But this was he first time for a llama! there was also a moment when a gray heron flew very close to my head and the guys were making fun of me… all in good sport.

Everything was going find until we split in Bilthoven to go back home. The head wind and my lack of condition hit me hard. I went down from 28/30 km/h to mere 22 or best case 25 km/h. No power in the legs at all. It was a long 15 kms back home but at least no dog overtook me this time! Anyway, very happy to be healthy again (no throat infections, colds, etc) and out on my bike.