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Live tracking: see how I am doing it!

1,330 kms | 36 K vertical meters Tomorrow, August 10, start my sport challenge of the year. You can read all the details about it here .  Fo...

ETAPE DU TOUR 2011 ANNOUNCED

Today it has been announced next year Etape du Tour. It is going to be a different etape from the previous years: 2 stages at different dates instead of the traditional one day. On July 11th the stage 19 of the tour will be on the menu: 109 kms with 3 major climbs: Telegraph, Galibier and Alpe D’Huez. On July 17th we will have no mountains but a long 208 kms ride with mid range climbs. It is the stage 9 on the tour.

All in all it is a bit of disappointment. After the announcement from the full Tour yesterday, the general expectation was that we would do the stage 18 with a major 189 kms to climb and 3 mountains: Cold Agnel that is in total 60 kms climb, followed by L’Izoard, with 39 kms and finally Galibier with another 35 kms to climb. So, it would be a massive 150 kms of mountain climbing. That would be an epic Etape. Something to be proud of.

The 109 kms is going to be an against the clock race. Not an real endurance race like this year. And it is going to be dangerous. To begin with it will start with a 25 kms descend. The start of 9 and a half thousands cyclists on a descend sounds very dangerous to me. Everybody trying to make time? Not sure if that is a good idea… And the descend of Galibier will be also very fast and I’m not sure that Telegraph and Galibier will have spread the field enough. The only good part of the whole thing is to finish the etape on the top of Alpe D’Huez. That is going to be fantastic… I guess this is the day I will chose.

Foi anunciado hoje a Etape du Tour do próximo ano. Vai ser uma etapa diferente dos últimos anos: dois dias em vez do tradicional um dia de corrida. Em 11 de Julho enfrentamos a etapa 19 do Tour: 109 quilômetros com três montanhas: Telegraph, Galibier e Alpe D’Huez. A segunda corrida será no dia 17 de julho com 208 quilômetros somente com montanhas de tamanho médio. É a etapa 9 do Tour.

Em geral estou um pouco desapontado. Depois do anúncio do Tour de ontem a espectative era que a corrida seria na etapa número 18: 189 kms com 3 das maiores montanhas da França: Col Agnel com 60 kms de subida, seguido de L’Izoard com 39kms e finalmente Galibier com 35kms. Seriam 150kms de subida. Uma etapa épica para os amadores.


A corrida do dia 11 será contra o relógio do final das contas. Nada tão difícil que não alguém corra o risco de não terminar. Mas também vai ser perigoso. A corrida começa com 25 kms de descida. Para começar uma corrida com outros 9 mil e 500 ciclistas em descida me parece bastante perigoso. Todo mundo vai estar querendo fazer tempo e vão acabar fazendo besteira. A descida do Galibier também vai ser bem perigosa. A subida não vai espalhar os ciclistas o suficiente. A única parte boa é terminar no Alpe D’Huez. Isso sim vai ser fantástico...

Primeiro treino e Why I like cycling

PRIMEIRA TREINO



Durante toda minha vida eu fui acusado pelos meus pais de inconsistência. Não na cara mas uma pessoa pode sempre dizer o que os pais estão pensando quando você aparece com um novo hobby um pouquinho cedo demais. “Mas você nem aprendeu a tocar guitarra direito rapaz!”. E ainda assim eu ficava tentando convencê-los de que este era o hobby que você ia carregar para o resto da nossa vida. Eu tinha finalmente achado o hobby perfeito, uma coisa para me minha higiêne mental que manteria minha sanidade mental no futuro duro da vida real. E eles deveriam ficar felizes por você.

Mas eles me conhecem muito bem. E eu não posso culpá-los por serem céticos. Eu pulei de interesse para interesse sem nunca dar tempo suficiente de ser bom naquilo que eu estava fazendo. Do Judô a tocar bateria, do Tae Kwon Do a fotografia, de guitarra a colecionar selos. E desde que eu me casei as coisas não mudaram muito. Minha pobre mulher herdou parte dessa minha mania de mudar interesses (salvo por ela, que é constante, juro). E quando um dia comentei que estava pensando em começar a fazer ciclismo eu não posso reclamar da "de verdade? outro hobby?" reação dela. Mas para lhe dar crédito, depois dessa conversa ela me deu e vem me dando suporte desde então. Acho que também é um bom momento de dizer que eu não vinha fazendo esporte pelos últimos 10 anos e estava pesando perto dos 100 quilos.

Isso foi quase há 4 anos e, contra todas as espectativas, ciclismo continua sendo o meu hobby e quase obsessão. E tudo começou de verdade no dia que minha filha nasceu. Minha esposa estava no seu nôno mês de gravidêz mas de qualquer forma eu tinha decidido fazer minha primeira corrida naquele dia, domingo 22 de abril. Quando acordamos, ainda perguntei se ela estava bem. Se havia risco de ser aquele o dia. Mas ela disse que não me preocupasse. Que eu podia ir tranqüilo e tomar o tempo que quisesse. "Pode ir. Sem problemas. Não vai ser hoje. Nem se preocupe!", ela disse. Tipo "famous last words"...

Claro que aquela não foi uma corrida "de verdade" se comparada com as de hoje. Na verdade foi até um pouco ridícula. Naquela época a minha bicicleta "de corrida" era uma velha, enferrujada magrela de aço. Tinha sido presente do meu sogro e sogra 7 anos antes e era usada basicamente para pequenas voltas recreativas. Eu não tinha nem uma garrafa de água, capacete, sapatos apropriados e muito menos uma camisa de ciclismo. Tudo o que eu tinha era era uma camiseta de algodão, a bicicleta e uns calções de ciclismo que estava usando em aulas de spinning. E, é claro, o celular. Por se "acaso"...

A corrida foi de uns 30 quilômetros ao redor da casa, o que hoje parece uma volta realmente diminuta. Mas era um domingo de sol, por volta dos 30 graus, sem vento e eu curti muito. A velocidade mais alta do que eu estava acostumado e a sensação de estar fazendo aquilo com um objetivo me deixou com um sentimento muito bom. Quando eu estava por volta de 1 hora e meia na corrida, o acaso aconteceu, o celular tocou e eu pedalei prá valer prá casa. As contrações tinham começado e o tempo entre uma e outra estava ficando cada vez menor rapidamente. Então cheguei em casa, mulher ainda calma, banho rápido, carrera pro hospital. Tudo no final acabou bem e as duas coisas ficaram conectadas na minha cabeça: um dos momentos mais importantes da minha vida até então com o outro que prometia mudar minha vida dali em diante.

Hoje eu sigo pedalando cada vez mais forte e espero cada vez mais rápido. Eu mantenho o "hobby" que se tornou uma forma de viver e mudou minha forma de encarar várias coisas desde o lado profissional até o familiar e de saúde. E sempre mantenho a memória daquela sensação do primeiro dia e primeiro treino.