PAINT JOB DONE


Paint job done. Today I will only post the pictures as it is already too late. I'm very happy with the results and with the learnings. I will tell about it tomorrow.

Pintura está pronta. Hoje vou colocar somente as fotos já que está tarde. Eu estou satisfeito com o resultado e com o aprendizado. Eu conto amanhã.

PROJETO EMPELLA: TEASER


As a teaser while the bike frame isn't finished (still 4 days to go) I've decided to show the late 70's Campagnolo shifters. I've got them yesterday and I have to say they look very good. The craftmanship that were put in those type of things were impressive.

Para atiçar um pouco a curiosidade, já que o frame não está pronto (ainda vai levar uns 4 dias) decidi postar os passadores Campagnolo dos anos 70. Eu comprei eles ontem e tenho que dizer que são muito bonitos. O empenho no trabalho que se colocava nessas coisas é impressionante.
Well, I think I just realized why companies create prototypes and samples. As much we want to work on digital, nothing like seeing the real thing. I thought about the style, tested on photoshop but still it didn't work in real life.

Bem, eu acho que acabei de descobrir porque empresas fazem protótipos. Por mais que a gente queira tentar trabalhar só no digital, nada como ver a coisa realmente. Eu pensei no desenho, testei no photoshop e ainda assim não funcionou na vida real.


PROJETO EMPELLA: WEEK 6


So, the primer application is completed. I'm really happy with the results. Take a look at some pictures after the jump. Next step: paint first color layer.


A primeira etapa da pintura está acabada. Todas as camadas de tinta básica estão aplicadas. Veja mais algumas fotos depois do pulo. Próximo passo: começar a pintura da primeira tinta.



PROJETO EMPELLA: WEEK 6


Because I got a week with the flu and 2 weeks holiday, the bike project has been stopped for quite some time. The last thing I’ve done before this absence from the shed was to completely sand the frame and fork. But because the frame is unprotected, some rust just came back in some small spots. This week I’ve re-sanded those pieces and prep everything for painting.

LA COURSE EN TETE


Because I'm still sick and can't do much apart trying to rest (this throat infection really got me bad) I've just watched the movie La Course en Tete on Youtube. The movie follows Eddy Merckx (to many the best cyclist ever) when he was on the top of his career in the 70's until he bit the hour record attempt on a Velodrome in Mexico. You have here the first of 8 parts movie: http://youtu.be/UpEPeU-bdxw. A couple of things called my attention, especially the way he was adored and this is an explanation for the reaction on the woman who said Cadel Evans was no hero...


Já que eu ainda estou doente e não posso fazer muito além de tentar descansar (essa crise de garganta me pegou de jeito) eu assisti hoje o filme La Course en Tete, no Youtube. O filme segue Eddy Merckx (para muitos o melhor ciclista de todos os tempos) durante o ápice da sua carreira nos anos 70. Até o ponto que ele bate o recorde de pista de 1 hora, no México. Você pode encontrar aqui a primeira das 8 partes do filme no Youtube: http://youtu.be/UpEPeU-bdxw . Algumas coisas me chamaram atenção, especialmente a forma como ele era adorado e como isso ressona na reação que milhares de pessoas tiveram as exclamações da mulher na TV australiana de que Cadel Evans não é um herói...


EMPELLA PROJECT: WEEK 2


By now the dirtiest part of the job is done. The paint is totally removed from the frame and good part of the sanding process is done. There is still quite some rust that needs to be totally removed by the progress is looking good.

Agora a parte mais suja do trabalho está completa. A pintura foi totalmente removida do quadro e boa parte já está lixada. Ainda há ferrugem em alguns pontos que serão removidos completamente mas o trabalho está progredindo bem.

EMPELLA PROJECT: SEMANA 1 / WEEK 1

Primeira semana do projeto de restauração da minha primeira bicicleta de corrida na Holanda segue um pouco devagar. Desmontar a bicicleta custou mais do que eu esperava. Mas a parte mais dura e suja está para começar.


The first week of the project of restauration of my first road bike in Holland is going somewhat slow. It took longer then I expected to unassemble it. But the hardest and dirtiest part is about to start.


EMPELLA PROJECT: DIA ZERO


Comecei ontem meu novo projeto relacionado com ciclismo: restaurar minha velha bicicleta de aço da marca Empella. Ela é minha primeira bike de corrida aqui na Holanda e vem sendo negligenciada desde que eu comprei a de alumínio e de carbono. Ela ganhou bastante ferrugem e chegou até a ser "roubada" e encontrada novamente. Então decidi que ela merece uma segunda vida e eu vou dedicar algumas horas durante as noites na semana para trabalhar nela.


EMPELLA PROJECT: DAY ZERO


I've started yesterday my new project related to cycling: restoration of my old steel Empella bike. It is my first road bike in Holland but has been a bit neglected since I got the shining alu and carbon. It got some a lot of rust and has been even "stolen" e found back. So, it think it deserves a second chance and I will give some hours during the week evening to it.


FOTOS


GOOD CYCLING = GOING AS HARD AS YOU CAN AND ENJOYING LATER WITH FELLOW RIDERS
BOM CICLISMO = PEDALAR FORTE E APROVEITAR DEPOIS COM COLEGAS EM UM CAFÉ.

ETAPE DU TOUR - A CORRIDA (PORTUGUÊS)

POSANDO PARA FOTO DEPOIS DO ÚLTIMO TREINO.

Esta foi minha quarta participação e a melhor até hoje. Eu fiz uma corrida muito boa para o meu nível e terminei exatamente em 6 horas e 15 minutos. Subi o Gallibier em 1h45m horas e o Alpe D'Huez em 1h35m. É claro que envolveu bastate sofrimento mas desta vez eu aproveitei a corrida inteira e nada fora do normal aconteceu, como é suposto ser numa boa corrida.

ETAPE DU TOUR - THE RACE (ENGLISH)

PICTURE TAKEN JUST BEFORE THE START OF THE RACE.

This was my 4th Etape du Tour and it was my best result by far. I did a very good race for my standards and finished in precisely 6:15 minutes. I climbed the Gallibier in 1h45m and Alpe D'Huez in 1h35m hour.  Of course it involved a lot of  suffering but this time I enjoyed the whole race and nothing actually extraordinary happened, as it is suppose to be in a good race.

ETAPE DU TOUR DAY 3

ACESSO PARA O COMEÇO DA SUBIDA DO TELEGRAPH E GALLIBIER ONDE JANTAMOS.

Hoje foi dia de descanso e preparação para a corrida. Colocamos as bicicletas no ônibus às 8:00 e saímos em direção a Modane, onde vai ser a saída da Etape du Tour. Seguimos por parte do caminho que a corrida vai passar e é muito bonito. Mas também já deu prá ver como vai ser difícil.

Today was rest day and preparation for the Etape. We loaded the bikes in the bus at 8:00 and left to Modane, where it is the start of the race. We followed part of the path of the race tomorrow and it is stunning. But it also possible to see how tough it is going to be.


ETAPE DU TOUR DAY 2


Hoje eu não vou escrever muito porque está quase na hora de dormir e eu não vou ter tempo. Mas para dar uma idéia rápida, hoje o treino foi de 60 quilômetros, no qual subimos o Alpe D'Huez pelo lado norte. Não é o lado oficial do Tour de France mas é pesado o suficiente como treino. O resultado do treino foi muito bom. Amanhã, é dia de ir pegar o número na Vila e mudar de hotel. Click no link abaixo para ver mais fotos.

Today I wont write too much because it is time to go to sleep and I wont have time to tell everything that happened. But to give a quick idea, we done 60 kms of training and we climb the Alpe D'Huez  by the north side. It isn't the official side from the Tour de France but it is tough enough for traininig. The results was very good. Tomorrow it is day to get the number in the depart village and change the hotel. Click on the link to see some pictures.


ETAPE DU TOUR DAY 1

TIME DA NIKE NO TOPO DO LA CLAPIER
NIKE TEAM IN THE TOP OF LA CLAPIER


Saímos ontem da Holanda e enfrentamos uma viagem de 17 horas de ônibus para chegar aos Alpes Franceses. A viagem nem foi boa nem ruim, apesar meu corpo simplesmente se recusar a dormir sentado. Mas ao chegar na vila de Vinosc, que fica bem perto do Alpe D’Huez, apesar de me sentir cansado, com sono e com muita fome, fiquei animado com a perspectiva de sair para o primeiro treino na região, que eu já conheço e sei o quanto é bonita. E não fiquei decepcionado.


We left Holand yesterday and we faced a 17 hours bus trip to get to the French Alpes. The trip was OK, not good not bad, despite my body simply refuse to sleep seated. But getting to the Vinosc village, that is very close to the Alpe D’Huez, despite feeling tired, sleepy and hungry, I was re-animated with the perspective of getting our first team ride in the region. Which I already know a bit. And I did get what I wanted.



TRANSE HIPNÓTICO COM RAMMSTEIN

RAMMSTEIN, RAMMSTEIN, RAMMSTEIN, AD ETERNUM...

Hoje eu fiz um treino interessante. Psicologicamente interessante, quero dizer. Durante um treino de intervalo, no último intervalo que durava 10 minutos no qual eu teria que manter o coração no mínimo a 180 e no máximo a 185 batidas por minuto, meu ipod ficou preso em uma música só. Rammstein, da banda de mesmo nome. Uma combinação que teve um efeito bem interessante.

COMO FOI O ANO DE TREINAMENTO

A RIDLEY VELHA DE GUERRA TRABALHOU DOBRADO ESSE ANO.

Com o treino de ontem, fiz hoje a última atualização do log de treinamento deste ano. E como previsto cheguei a pouco mais de 2 mil quilômetros desde janeiro, juntando treino no Brasil, na Holanda e Mountain Bike (o que foi uma novidade neste ano). Quinta-feira viajamos para França, onde faremos duas voltas de treinos nos Alpes e finalmente enfrentamos a corrida na segunda, dia 11. E é um bom momento também para parar e dar uma olhada como foi o treino em relação ao ano passado.

TREINO NAS DUNAS

UAZIR NA SUA PRIMEIRA VOLTA SÉRIA NA BIKE DE CORRIDA. DIA DE SOL E VENTO.

Ontem foi o último treino na bike antes de sair para a França. E como sempre fiz um treino mais de manutenção: leve, relaxado e de distância curta para moderada. E foi um treino muito tranqüilo com meu amigo Uazir. Fizemos um loop ao redor de Haarlem, próximo a Amsterdam e enfrentamos um vento forte e frio, mas também um pouco de sol e muita gente na rua aproveitando o "bom tempo" holandês. Hoje é a última vez que atualizo o log de treino este ano.

INTERVALO

Hoje foi dia de treino de intervalo. E dos mais pesados dos últimos tempos. Desses que terminam com o sujeito meio tonto, com a garganta seca e as pernas ardendo. O treino segue assim:

10 minutos - aquecimento com 4 jumps de 30 segundos.
05 minutos - 55 rpm com ritmo cardíaco de 170 bpm
03 minutos - recuperacão: deixar as pernas girando leve
05 minutos - 55 rpm com ritmo cardíaco de 170 bpm
03 minutos - recuperacão: deixar as pernas girando leve
10 minutos - 85 rpm com ritmo cardíaco de 185 bpm
03 minutos - recuperacao
10 minutos - manter o coracão a 185 bpm alternando 1 minuto com 55 rpm e 1 minuto com 85 rpm
10 minutos - relaxamento

Esse treino que eu estou seguindo é próprio para subidas de montanhas. Ele deve preparar para a dureza e as constantes mudancas de ritmo nas subidas. Foi criado pelo Chris Carmichael, o treinador do Lance Armstrong. Amanhã é dia de relaxar e no sábado é dia de 80 quilômetros de treino leve.

MOUNTAIN BIKE

BOM TEMPO E LAMA NA CORRIDA DE MOUNTAIN BIKE DO ANO.

Hoje foi dia de Mountain Bike com os colegas do trabalho. Fizemos 28 quilômetros na região de Zeewolde entre bom tempo, lama como resultado da chuva da noite passada e algumas quedas. Foi bom para sair da rotina e continuar treinando com força antes de sair para França na próxima semana.

MY ASS HURTS

UMA DAS ESTRADAS PARA O TRABALHO NUMA MANHÃ DE BOM TEMPO


Depois do longo treino de ontem, decidi ir para o trabalho de bicicleta como treino de recuperação. A idéia das "recovery rides" é que depois de um treino de esforço intenso e longo, como foi o de ontem, não basta simplesmente descansar. É necessário fazer um treinamento de recuperação ativa dos músculos. Normalmente são treinos leves, com pouca resistência e rotação moderada. Basicamente é fazer com que os músculos trabalhem por volta de uma hora bem levemente para aumentar a circulação de sangue e ajude a reconstrução muscular.



Como o tempo estava bom, já com 20 graus pela manhã cedinho, peguei a bike e fui pelo caminho mais longo para o trabalho. 40 kms planos que me custaram uma hora e 30 minutos. Bem devagar e tendo atenção para manter os músculos das pernas relaxados. Foi um pouco mais pesado do que eu esperava e vou voltar de carro prá casa. Amanhã é dia de relaxar e na quarta-feira é dia de Mountain Bike: o que equivale, por causa do time, a um treino de intervalo. Vale salientar que eu estava realmente com saudade desse caminho pro trabalho. Sem poluição, carros ou motoboys.

E para completar, minhas regiões baixas estão doendo prá valer. Até agora estava treinando com minha bicicleta de treino e desde ontem estou na de competição. A bike é muito mais leve e mais precisa, mas para ser mais "sharp" o banco também é de competição = menos confortável... Tenho que me acostumar de novo.

DE VOLTA À HOLANDA

DETALHE DO TREINO DE 120 KM QUE VIROU 142 E CHEIO DE PNEUS FURADOS E MUITAS PARADAS

Cheguei de volta à Holanda na quinta-feira, meio dia. E nada melhor para curar um jetlag do que uma ida ao trabalho de bicicleta. Como o tempo estava bom, peguei a mountain bike e enfrentei os 25 quilômetros bem cedo. Não estava muito frio e o caminho foi bom. Inclusive ultrapassei dois caras em bicicletas de estrada (speed) com a minha mtb. Lembrei do pessoal lá do Via Verde em Alphaville dando coro em todo mundo com mtbs... E isso em preparação para os 120 quilômetros com o time do trabalho no domingo.

ULTIMO TREINO NO BRASIL





























Domingão foi um dia engraçado. Era o meu último dia de treino no Brasil e eu queria fazer 110 quilômetros prá fechar bem a minha temporada aqui. Saí de Aldeia da Serra, e fui primeiro até o final da estrada do Ingay que é de subida (nome que garanto que o pitombas faria mil piadas) prá aquecer.  O que começou como um dia muito frio, chegou a esquentar e terminou como o melhor treino feito no Brasil.

PELOTON

Terça-feira teve treino de pelotão em Alphaville. Eu fui até bem e segui com o time por quase duas voltas inteiras. Só perdi contato com o grupo por causa de um carro que me atrapalhou. Mas mesmo assim consegui manter 33 a 42 kms/h por um bom pedaço de tempo.
Mas infelizmete, eu estou quase gripando de novo. Não sei se é o frio misturado com a poluição de São Paulo, mas eu estou doente outra vez e enjoado. E não pude ir treinar mais uma vez. Isso já está me irritando a um ponto que eu não vejo a hora de voltar para Holanda.
Mas o que me preocupa é que tenho poucas oportunidades de treino até o domingo, dia 24, quando tenho que fazer 150 kms com o time da Nike. Acho que vou sofrer muito nesse dia...

TREINO DE VERGONHA

Finalmente neste domingo fiz um treino digno do L'etape. Foram 98 quilômetros em 4 horas e 42 minutos, regados a 35 quilômetros de subida, dos quais 8 foram os quilômetros finais. Bem ao estilo Etape du Tour, que sempre reserva a chegada para o topo de uma montanha. Esse ano será o Alpe D'Huez, com 13 quilômetros de subida.

FALTA UM MÊS


Faltando exatamente um mês para a L'Etape du Tour e para enfrentar a subida da foto ao lado, o AlpeD'Huez, resolvi renovar a comparação do treino entre o ano passado e este ano. Apesar de estar em lugares totalmente diferentes eu queria fazer a comparação de distância, tempo de treino, quilômetros "escalados" e calorias gastas. E o meu meno dos últimos dias está comprovado. O treino está muito aquem do necessário e já sei que vou pagar caro por isso.





FRUSTRAÇÃO

 
Quando comecei a treinar para o L'Etape desse ano pensei: ah, vai ser mais fácil porque são só 109 quilômetros. Não são 3 montanhas e eu já conheço inclusive uma delas. Mesmo que sejam vários quilômetros de subida é só sentar e seguir pedalando. Relaxar e "aproveitar". Mas o que eu descobri agora, faltando pouco mais de um mês, é que o treinamento não ficou mais fácil por causa disso. A motivação para seguir treinando tá difícil de encontrar.


VICIANTE


Eu nunca acreditava quando as pessoas me diziam que eram viciadas em esporte ou coisa do gênero. Mas essa semana sem treinar está se mostrando muito dura. De verdade. Não sei se é o tempo da corrida chegando cada vez mais perto ou se é o corpo mesmo que está acostumado, mas as constantes paradas de treino estão me deixando ansioso.

CYCLO CROSS HARDCORE

Bem, como estou de "folga" esta semana, vou escrever sobre esse vídeo que me deixou rindo alto no meio do trabalho e o pessoal olhando enviesado para mim...

Antes deixa eu explicar o que é Ciclo Cross já que o esporte não é tão difundido no Brasil. Basicamente é uma corrida em circuito com várias voltas, em terreno que engloba água, lama, muros para transpor e estrada. Normalmente os ciclistas têm que usar a bicicleta e correr com ela nos ombros nos trajetos mais difíceis. Os campeões do mundo hoje são os Belgas. Eu sempre achei os caras meio malucos. E aqui está a prova.






BAD TRAINING, BAD TRAINING

O treino está seguindo meio estranho. Depois do grande treino de quinta-feira, saí no domingo para uma volta que eu esperava que fosse de pelo menos 120 quilômetros mas não tinha energia. A bicicleta também me deu muita dor de cabeça. 


GANHEI?




Como eu disse, ontem foi dia de treino de Cruize Interval. 5 intervalos de 6 minutos, com ritmo cardíaco por volta dos 185 bpm e 3 minutos de recuperação com ritmo até os 140 bpm. Velocidade e distância não importa. Felizmente, onde estou morando agora tem uma ladeira de 2 quilômetros e meio de distância com inclinação média de 7% e pico de 15%. Perfeito para fazer voltas e para esse tipo de treino

GLOBALIZAÇÃO

Hoje percebi o que significa globalização. Enquanto assistia as corridas do fim de semana do Giro D'Italia no site www.Steephill.tv (que Deus sabe de onde é) em italiano, lia umas notas legais sobre as corridas em uma site australiano e notícias sobre ciclismo em geral em um site inglês.
O site australiano é o www.cyclingtipsblog.com. O cara tem sempre bons textos e as fotos que ele escolhe são realmente fantásticas. Já a notícia do dia para mim, que ficou dois dias sem ver a internet direito, foi a matéria da rede de TV americana sobre a acusação de doping de Armstrong. O www.road.cc, que é visita quase diária para mim, colocou um par de matérias sobre o programa, incluíndo possíveis incrimações de Hincapie contra Armstrong durante sessão em tribunal americano. A coisa ainda vai feder muito...
Será que tem alguma coisa legal rolando no site lá do Max? www.maxkonabikes.blogspot.com

Amanhã no Giro tem Time Trial com montanha. Deve ser interessante...
TREINO


Sábado acordei me sentindo mal. Uma dor estranha na barriga. Mas como não estava com febre decidi treinar de qualquer forma. Sabia que não poderia treinar no domingo e não queria passar muito tempo sem treinar. 

TREINO

Ontem à noite foi dia de circuito em Alphaville. Mas como nesse final de semana tem corrida com subidas pesadas em Campos de Jordão (a qual eu não vou) o pessoal foi treinar subidas. Como só éramos 5 decidimos mudar o treino e fomos atrás de ladeiras prá subir. Várias subidas e boa velocidade. De nota uma subida de 2 quilômetros e outra de quase 4 quilômetros. Todas com trechos de 13% de inclinação. Então, descobri uma nova área prá brincar...

Infelizmente na maior, que eu queria ficar perto do grupo, minha corrente saltou da coroa e eu tive que parar prá colocar de volta. Estilo Schleck, hehehe Mas foi um bom treino, com 50 kms ao todo e com um pessoal legal. Um dos caras tinha umas rodas zipp que deu a maior inveja. O som das danadinhas é fantástico... E vou por a culpa nelas pro cara sempre terminar as subidas na minha frente.


Agora é encarar o fim de semana. Eu queria fazer alguma coisa acima dos 100 kms...
HILL REPEATS


Eu da minha parte fiz hill repeats. Basicamente você encontra uma subida forte e fica subindo e descendo feito um retardado. Hoje fiz 4 repetições na subida de Aldeia da Serra. No total foram 20 kms só de subida, com inclinação média de 9% e máxima de 14%. Foi bem duro, mas um bom treino. No total foram só 40 quilômetros, mas metade muito duro.

O que eu gostei é que meu ritmo de subida foi de 10 km/h mesmo sendo subidas de 5 quilômetros e de inclinação pesada. Na parte mais íngreme consegui manter 8 km/h de velocidade e não tive que parar nenhuma vez. E fiz no total 1548 metros de subida.
FUCK YEAH II



Detalhe da placa de controle de velocidade ao fundo. Contador deve ter sido multado!


Como eu tinha dito ontem, esse Giro tá muito foda. Contador hoje decidiu voltar a trabalhar. Entrou na pain cave dele e levou todo mundo junto. Faltando 7 quilômetros para a linha de chegada, subindo o monte etna (o vulcão mesmo) ele atacou e passou todo mundo que estava na frente dele.
FUCK YEAH!


Como diria o cara do Big Rig Riding: Fuck yeah! Que final de etapa foi hoje no Giro D'Italia. O iniciante como ciclista profissional da Bélgica, Bart de Clerq, subiu o Montevergine maginificamente rápido. Ele chegou inclusive aumentar a distância do pelotão de 31 segudos a mais de um minuto. Mas ainda assim quase perdeu a corrida nos últimos quilômetros, por um ataque de Michele Scarponi. Foi simplesmente incrível o sprint que Scarponi e outros dois fizeram no último quilômetro da montanha.

Assisti no trabalho pela internet e foi eletrizante. Ao ponto do pessoal ao lado da minha mesa se juntar para assistir. E eles nem ligam prá ciclismo... De Clerq ganhou por meio corpo... Dá só uma olhada no vídeo aqui em italiano.
Esse Giro está muito, muito bom! O Tour vai ter que mostrar muito prá acompanhar...
MOTIVAÇÃO




Quando ficou certo que eu viria ao Brasil por 3 meses a primeira coisa que pensei foi: droga, vou perder toda a época de treino com os caras. Só tive a chance de realmente treinar uma vez com eles e já vou embora.
GIRO

O Giro d'Italia começou no sábado e infelizmente não consegui ver nada. Somente agora pela manhã eu consegui ver a polêmica envolvendo a vitória de Petachi sobre Cavendish. Coisa de Sprinters... Eu gosto do Cav e não tenho nada contra Petachi, mas acho que ele fez besteira e devia ter perdido a vitória. Quebrou a regra e pronto. Mais detalhes no site do Cycling Tips, que por sinal é um excelente site sobre competições, etc. www.cyclingtipsblog.com.


COMPARAÇÕES

Como previsto, ontem à noite eu passei da barreira dos mil quilômetros treinados desde janeiro. E me pareceu um bom momento para fazer comparações com o mesmo período do ano passado. Vale salientar que Maio marca também a barreira dos 2 primeiros meses de treino (começamos normalmente em Março devido ao inverno holandês), que é quando a coisa aperta de verdade: treinos mais longos, competições, etc.

INTERVALO

Segunda e quarta foram dias de treino de intervalo. Essa semana estou treinando com o método do CTS Train Right para subir montanhas. É o treinador do Lance Armstrong por muitos anos, o Chris Carmichael. Basicamente o intervalo é o seguinte: 10 minutos de aquecimento, com 3 jumps de 20 segundos. Jumps são sprints ao máximo da velocidade com uma resistência média. Depois do aquecimento, s dois primeiros intervalos são de baixa freqüência, 55 rpm, com zona 2 de ritmo cardíaco: até 162 bpm. Depois 5 minutos de descanso depois de cada um.
Depois do descanso, um grande intervalo de 10 minutos com 85 bpm e zona 3: 174 bpm. Esse é o mais pesado do dia. Depois disso, 5 minutos de descanso e o último intervalo em seguida. São outros 10 minutos, mas alternando a cada minuto a freqüência de 65 rpm a 95 rpm. Sempre segurando o ritmo nos 175. E no final 10 minutos de relaxamento.
É um treino duro mas deve aumentar o lactate threshold e o Vo2 max. Além das constantes mudancas de ritmo simular bem o que é uma subida de montanha. Vamos ver como isso vai ficar quando enfrentar a ladeira de Aldeia da Serra outra vez no domingo. Amanhã, treino de pelotão...
DE VOLTA À ATIVA



957 quilômetros desde o começo do ano. No próximo treino bato os mil quilômetros

Neste sábado eu voltei à ativa. Bicicleta consertada, rodas rodando livre e vontade nas pernas. Mas depois de quase uma semana parado, decidi pegar leve na distância e fiz uma volta de 50 quilômetros. O que eu não me toquei foi que tinha escolhido um roteiro ainda mais pesado do que o normal: 20 kms foram de subida. E que subidas...
AINDA NÃO

Update da situação: ainda não tenho bike. O que quebrou foi a base da catraca. O chamado núcleo. Não consegui encontrar em São Paulo um lugar que vendesse o núcleo somente. Eu sei consertar o problema, as ferramentas necessárias são bem simples (uma chave allen de 10 mm e uma chave de boca 13). Mas tive que levar para uma loja porque não consigo comprar o tal núcleo.
O cara da loja já está com ela há 24 horas e não deu sinal de vida. Não sei nem se ele abriu e o que está planejando fazer. Esse é um dos problemas com o Brasil. O pessoal não se comunica. Não trabalha junto com o cliente para resolver a situação da forma mais rápida possível e com menos custo, o que atrairia o cliente a voltar. Além disso, não se encontra peças, porque há a cultura do mandar fazer, em vez de resolver a situação sozinho...
Estou frustrado... O geito é encarar a bicicleta ergométrica do ginásio... que é uma "beleza" da mecânica moderna...
E esse texto tem mais reticências que conversa de doido...
QUEBROU

Estou muito chateado. Hoje acordei cedo prá treinar. O clima está perfeito. Por volta dos 15 graus e nublado. Não ia morrer de calor como na última quinta-feira, quando fiz 70 quilômetros. Mas apenas saí do hotel e a bicicleta quebrou. A catraca não prende mais. É o famoso "perdeu cabelo". A catraca roda livremente nas duas direções e não dá prá impulsionar a bike...
Ontem estava no centro e vim de noite só para poder treinar hoje. Deixei de ficar com os amigos, apesar das insistências, só prá treinar. E não vai dar... E terei que levar na loja na terça-feira prá comprar uma peça nova. Espero que eles tenham para que eu volte ao treino terça-feira.
TREINO DE PELOTÃO


Hoje foi dia de treino de pelotão no circuito Alphaville. Ao todo foram quase 50 quilômetros feitos em 1 hora e 44 minutos. Foram duas voltas de aquecimento e duas de sprint. Foi bem melhor do que no último dia 10. Eu consegui ficar mais tempo junto ao grupo principal, me senti melhor e inclusive deixei para trás parte do pessoal que tinha me deixado para trás na primeira vez.

Ao olhar o resultado prático no computador da bike dá prá ver a diferença. A velocidade máxima foi ligeiramente maior e a média também. Mas não muito. Na verdade quase insignificante. A grande diferença dá prá ver é em que zonas do coração eu fiquei mais tempo. Na primeira vez, dá prá ver que fiquei a maioria do tempo entre 165 e 168 e 7% do total acima do lactate threshold que é de 178 batidas por minuto. Dessa vez, apesar de fazer mais força, fiquei a maioria do tempo entre 100 e 157 bpm e muito menos entre 168 e 175 bmp. O que significa menos esforço.

O que afinal significa melhor condição física. A semana sem treinar mas prestando atenção na alimentação deve ter tido o efeito benéfico. Amanhã é dia de descanso e quinta-feira devo fazer uma volta longa focando na zona 3. Feliz hoje...

DE VOLTA AO TREINO

Bem, estou de volta ao treino. Depois de uma semana de gripe e crise de garganta, voltei hoje ao ginásio para uma sessão na bicicleta ergométrica. Infelizmente no ginásio do hotel em que estou não há bicicleta de spinning. O que em si é uma proposta interessante pela pedalada. Mas não pela posição correta de pedalar. Mas isso é uma estória para outro dia. E afinal comecei também a pensar o quanto a poluição de São Paulo também não está afetando o meu treino... Pode ser. Pode ser. Seguindo meu plano de treino anual, eu estou na verdade atrasado.
O timing de ficar doente não podia ser pior. Foi exatamente na primeira semana da fase de build. É quando o treino começa a ficar mais específico para a corrida para qual estou me preparando. Então, a partir de agora, os treinos não são mais longas voltas em zona 2 como limite. Agora começo com intervalos. Intervalos longos e intervalos curtos, em zonas 3 e 4 e até 5. Treino de qualidade, como diz Joe Friel. Hoje foram 2 sessões de 20 minutos no topo da zona 3. 162 bmp. Eu estou atrasado porque deveria ter começado a fazer isso na semana passada.
Então estou correndo atrás uma semana. E o atraso também é em condição física. Claro que hoje nos dois intervalos, minha performance não foi boa. Me sentia pesado, inchado, dolorido. Com um output baixo em watts. Mas sei que posso recuperar. Ou espero que possa. Amanhã tem treino de pelotão aqui em Alphaville. Outro dia para colocar um palmo de lingua prá fora e ainda assim não conseguir acompanhar os caras. A vida de ciclista amador é construída de pequenas humilhações e algumas alegrias...
NOVOS CAMINHOS


ESTRADA DE ROMEIROS ENTRE PIRAPORA E ITU: BOM TREINO E NATUREZA

No domingo saí para treinar. Fui de Alphaville até os arredores de Itu e voltei. O que faz 120 quilômetros ao todo. Parte do caminho já era conhecido mas o trecho entre Pirapora do Bom Jesus e Itu era novidade. E devo dizer que é dos melhores caminhos que treinei nos últimos quatro anos. Não tem o glamour e o tamanho das montanhas da França, mas ganha da dureza das subidas da Bélgica e da tranqüilidade da Holanda.

CIRCUITO ALPHAVILLE

Hoje foi dia de encarar pela primeira vez o treino no pelotão de Alphaville, São Paulo. Tinha ouvido falar dessa volta mas como não tinha certeza, ainda não tinha encarado. Terça-feira passada fui lá à pé só prá ver a saída e encontrei um pessoal ao qual eu perguntei como funcionava. Um foi muito simpático, me deu informações e inclusive pediu o meu celular prá me dar um toque.

Como bom brasileiro e nordestino fiquei muito desconfiado e já estava certo que não ia dar em nada. Hoje pela manhã o cara me liga prá me dizer que o pessoal ia treinar e me incentivar a aparecer. Fiquei muito feliz com a simpatia e hospitalidade e fui lá. E tudo o que posso dizer é: que volta! A coisa é curta, mas nada aborrecida.

O circuito tem 10 quilômetros e o pessoal dá umas 4 voltas. A coisa começa com uma volta leve de aquecimento na qual ciclistas começam a se juntar a um pelotão de mais ou menos 25 ciclistas. Depois da primeira volta, o ritmo aperta para os 45 kms/h e chega até uns 50 kms/h e fica nisso por umas 3 voltas. É muito pesado. Eu só consegui segurar uma volta e tive que baixar para os 30 km/h. Depois do treino o pessoal se junta e fica conversando embaixo da rodovia Castelo Branco. Todo mundo é muito simpático e acolhedor. E mesmo se você não consegue acompanhar, eles lhe incentivam a voltar na próxima corrida e assim ir melhorando e dão dicas de onde treinar, etc. O que mais um ciclista pode querer?...

ESTRATÉGIA PARA A L'ETAPE DU TOUR



MINHA ESTRATÉGIA PARA A ETAPA. BEM CONSERVADORA NAS SUBIDAS.


Hoje dei uma olhada no plano de tempo para a Etapa du Tour. Basicamente o plano com o tempo limite para cada parte da corrida, incluíndo o topo de cada montanha e os tempos de eliminação. Eu faço isso com o objetivo de construir minha estratégia durante a corrida em termos de velocidade média e esforço. E também para ter uma idéia de onde estão os verdadeiros riscos, onde vale a pena se esforçar um pouco mais e onde é melhor economizar energia.E dessa vez a surpreza vem onde eu menos esperava. Eles foram bem "generosos" em relação ao tempo dado para a subida. No Telegraph eles deram um prazo total de 1 hora e 34 minutos. O que dá prá fazer tranquilo com uma velocidade média de 9 quilômetros por hora. No Galibier, eles deram um prazo de 2 horas e 16 minutos. Média de 7.5 km/h e você bate o tempo. E o Alpe D'Huez você tem 2 horas e 7 minutos. Uma média de 6.5 para atingir a marca limite.


Então, nesse aspecto, o jogo é o de sempre. Construir um buffer nos primeiros 14 quilômetros e usar esse buffer se algo der errado nas subidas, como um pneu furado, um nervosismo, caimbra, etc. Construí uma fórmula no Excel que dá para calcular qual a velocidade média que eu preciso para atingir minhas metas. Na "calculadora" dá para ver que se eu manter uma velocidade média de 35 kms/h nos primeiros 14 kms (que são descendo), dá para construir um buffer de mais ou menos 1 hora. O resto é fazer as budidas com bastante tranquilidade que dá tempo de sobra. Mas se você perder essa hora, a coisa aperta. Porque não há mais lugar para construir um buffer.


O que a organização da prova foi generosa com o tempo nas subidas, não foi nas descidas e na única parte "plana". Logo depois de descer do Galibier há uma pequena subida, no Telegraph, e logo entra-se na parte plana. São mais ou menos 28 quilômetros que sem tem que fazer em 56 minutos. Então, se você perdeu tempo nas subidas e o tempo de eliminação está nos seus calcanhares, é melhor empurrar forte nos pedais. Não há folga. E depois encarar o Alpé D'Huez com força, sem relaxar nas suas 21 voltas...


Se quiser usar a minha "calculadora", basta me mandar um email.

VIDA DE CICLISTA
PERFIL DO CAMINHO ENTRE ALPHAVILLE E PIRAPORA DO BOM JESUS.
Hoje fiz a segunda volta aqui em Sampa. Fiz basicamente o mesmo caminho da semana passada, adicionando um trecho de mais ou menos 13 quilômetros. Saí de Alphaville e segui na direção de Santana de Parnaíba, o que dá pouco mais de 11 quilômetros. Nesse trecho há 15 ladeiras, variando entre 6 e 12%, com a grande de 19%. O trecho é bem tranquilo e basicamente passando por área de condomínios. A diferença dessá vez foi que em vez de virar na ponte sobre o Tietê e passar para Santana de Parnaíba, eu segui em frente pela estrada Ten. Marques até chegar na Rodovia Anhanguera e voltei. São 13 quilômetros, com bom relevo para treinar, mas bastante agitada com carros saindo da direita, sinais de trânsito, muitos ônibus, etc. Pelo Google você vê que é possível ir por Cajamar até o reservatório de Pirapora e descer por aí, o que seria uma volta muito boa, mas informação da polícia de trânsito é que boa parte do caminho é em estrada de terra... Fora da lista... Voltei até Santana e virei na direção de Pirapora pela estrados dos Romeiros. O caminho é muito bom, várias subidas fortes e mais longas. Mais o melhor é que é bem tranquilo, com poucos carros e dá prá ver outros ciclistas. No total foram 76 kms, com temperatura mais agradável do que a semana passada e menos caimbras...
PRIMEIRA VOLTA NO BRASIL Resultado do calor: o coração disparava para zona 4 constantemente. 21 minutos no vermelho é muito tempo para essa altura do treinamento. Resultado: dor, pouca velocidade e exaustão em uma corrida na verdade curta.


Hoje, domingo 27 de março, fiz a minha primeira volta de treino no Brasil. Saí de Alphaville, atravessei a zona residencial da região e segui até Santana de Parnaíba e depois estrada de Romeiros quase até Pirapora de Bom Jesus. Não cheguei até lá porque quando fiz 25kms, ví que não teria água suficiente para o retorno se continuasse por mais tempo. Foi a decisão mais sábia do dia. Talvez a única.

Saí do hotel às 9 da manhã e já estava muito quente. Acho que por volta de 35 graus. E a coisa só esquentou. Temperatura máxima de 43. Estava MUITO quente. Esqueci de começar a gravar o log desde a saída e só lembrei na hora de dar meia volta e retornar. Mas dá prá ver que por boa parte do trajeto, a temperatura passava dos 40 e por uns bons quilômetros, ficou nos 43 graus.

Estava tão quente e o sol tão forte que dava prá sentir o short (preto) esquentando. E também vale salientar que eu não tinha protetor solar, o que ajuda a proteger. Acho que por causa do calor, o coração estava disparando sempre para acima dos 174bpm.


Pelo lado positivo, o caminho é bem legal. Basicamente sobe e desce o tempo todo. As subidas são todas por volta de 2 ou 3 kms, com inclinação entre 6, 8 e 10%. Há algumas com 13% e a maior de todas com 19%, que quase me matou. Em algumas partes, o asfalto está quebrado e cheio de areia e cascalho. Mas no final não é tão mal assim se você tomar cuidado.


Um dos medos, acho que de todos que pensam em pedalar pela primeira vez em São paulo, é o trânsito. Mas isso foi uma agradável surpresa. Os motoristas não pegam pesado. Não me senti "espremido" nem inseguro. Até me senti mais seguro do que pedalando em Natal. Parte do caminho, pedalei com um pequeno grupo que me alcançou. Pessoal simpático e bons ciclistas. Seguindo eles aprendi a me posicionar na estrada para que os motoristas me vejam e saíbam o que fazer.


No geral, uma das voltas mais duras dos últimos tempos. Um completo oposto da volta que fizemos exatamente um mês atrás na Holanda. Do frio extremo ao calor insurportável... Vida de ciclista.

SINUCA

Decidi colocar esse post que não tem nada a ver com ciclismo porque tem a ver com competição. E também como se conhecer um pouquinho mais. O "causo" acabou de acontecer e foi assim: no departamento de Vendas há uma mesa de sinuca, com bolas lisas ou marcadas e a famosa bola preta. O povo organizou lá um campeonato e logo se formou a lista dos favoritos e dos "nem a pau". Como eu sou um jogador mediano (que não liga muito se perde ou ganha) eu estava na cabeceira da segunda lista. Ganhei algumas partidas por sorte e outras por boas tacadas nas horas cruciais. Inclusive tirando o segundo favorito nas oitavas de final. Acabei passando por todas até chegar na semi-final que foi hoje.

Era uma melhor de três partidas jogando contra o principal favorito do compeonato. Tinham uns 20 caras na sala de sinuca tirando onda comigo. E eu tinha ido lá já com aquela de: nem pensa que dessa você não passa. Acontece que eu também criei a teoria do anti-jogo. Se você é ruim e está jogando contra um cara bom, você não pode abrir espaço pro cara deslanchar. Então eu comecei a primeira partida com uma abertura tão fraca que só duas bolas saíram do centro. Ganhei a primeira partida limpa e aí comecei a ver o segundo lado do lance. O cara era favorito e tava todo mundo tirando onda comigo. Ele ganhou a segunda partida facinho porque ele abriu o jogo. Bola prá todo lado e mesa limpa prá ele.

Dei sorte na moeda e fiquei de abrir o jogo na terceira e decisiva partida. E aí vi que a onda que os caras estavam tirando não estava fazendo efeito em mim, mas sim no outro cara. Aí eu comecei a tirar mais onda ainda e todos seguiram. Fiquei dizendo como é que pode George estar demorando tanto tempo prá ganhar? Coisa e tal. Comecei a contar a cada 3 minutos, dizendo "George, como é que pode, 20 minutos e eu ainda estou jogando!". O "favorito" ficou tão nervoso que começou a fazer merda.

Mas mesmo assim ele limpou a mesa e para ele só restava a bola preta. Eu tinha 3 bolas na mesa e a preta. E era a minha vez porque ele cometeu um erro. Aí eu me acalmei e meti duas das bolas. A sala ficou silenciosa. A penúltima bola era uma diagonal longa. A branca de um lado da mesa e a outra do outro lado num ângulo meio inviesado. Eu olhei pro cara que era o segundo favorito que eu tinha batido e disse: Essa é prá você, Stuart. Um tipo de Deja vu. Detonei a bola com uma tacada daquelas fortes e aí era só a preta. Não dava prá escutar nem respiração na sala. A preta estava no meio da segunda metade da mesa. A branca quase reta. Eu tinha duas opções: tentar um tiro enviesado para a caçapa do meio ou uma tabela para a caçapa do outro lado. E tinha que "chamar" a caçapa. Decidi pelo enviesado e coloquei a preta com uma das tacadas mais leves e lentas que já fiz.

A sala veio abaixo. Ninguém acredita até agora. Nem eu. Mas o que importa é: estou na final. Vou provavelmente ser liquidado, mas minha estratégia e abilidade de ler o ambiente na hora do jogo já me colocou aqui. Duas coisas que aprendi: algumas vezes o que os outros pensam deles mesmo é uma arma sua. E, quando chega no momento crítico, pare de brincar e vá para o "kill". Agora só tenho que pensar como posso usar isso na minha vida profissional e nas corridas de bicicleta.
PERNAS QUEIMANDO

Ontem foi dia de Mountainbike com o pessoal do trabalho. 1 hora e 20 kms de puro sofrimento. Estava sem potência nenhuma e as pernas estavam queimando com qualquer esforço e o coração disparando para os 180bpm muito fácil. Acho que peguei pesado durante a semana. Pricipalmente os agachamentos na terça-feira com 60 kilos e não ter tomado nenhum líquido de recuperação depois deixou muito ácido lático nas pernas.
Bem, sobrevivi e consegui participar do sprint final. Hoje dia de descanso. Queria ir ao ginásio para uma sessão na bicicleta de spinning mas decidi relaxar hoje.
Agora é começar a se preparar para a viagem ao Brasil...
A SEMANA ATÉ AGORA
Semana boa de treinamento. Domingo, corrida de 70 kms em duas horas e 40 minutos. O tempo estava de sol mas bem frio e com vento. Foi uma corrida com outros quatro colegas e foi bastante puxada. 55% do tempo em zona 1 e 2, 27% em zona 3 e 4 e 14% em zona 5. Velocidade média de 25 com pico de 38kms/h. Boa para essa época do ano. De qualquer forma ficou aparente a falta de explosão quando o grupo fez alguns sprints. Senti um pouco as costas mas não demasiado. Acho que o treino no ginásio está começando a fazer efeito.
Na segunda: ginásio. Ritmo cardíaco em repouso: 70bpm. Fiz 15 minutos de corrida leve mantendo o coração no máximo de 130bpm. Depois squats frontal (26kgs) e com peso nas costas (50kgs). Depois deadlift com 25kgs e sessão de alongamento para as costas e abdominais (alguns movimentos de pilates). Aumentei o peso de 40 para 50 kgs no agachamento com peso nas costas e me senti forte, completando as quatro séries de 7 sem problemas. Me sinto bem forte e sem risco de ficar gripado. Acho que o remédio para alergia está funcionando (ou é placebo e está funcionando também).
Terça-feira: bicicleta de spinnig. Treinamento de tempo. 10 minutos aquecimento, 6 jumps de 30 segundos em pé com recuperação de um minuto. Depois 6 séries com 75 rpm alternando cada perna sem descanço. Seguido de 6 jumps sentados de 20 segundos. No final, série de alongamento e abdominais (pilates). Bom treino.
Amanhã, descanso e na quinta-feira corrida de mountain bike com o time do trabalho. Como o tempo vai estar bom já sei que vai ser um treino bem forte...
NÃO ESQUECE A MINHA CALOI

Engraçado como as coisas são. Tava olhando o site da Caloi e me toquei de que, devido ao velho slogan eu fiz um amigo no meio de uma corrida em um lugar que é ícone para ciclistas em todo o mundo: o Mont Ventoux, na França.
Durante a L'etape du Tour de 2009, fazendo a subida do Ventoux, estava passando por um cara usando uma camisa da Caloi. Naquele ano eu não tinha visto muitos brasileiros na corrida e querendo tirar a mente do esforço da subida quis falar com ele. E automaticamente me saiu da boca: "ei, não esquece a minha Caloi".
O cara riu e começamos a conversar. Acabamos, à duras penas, fazendo a subida juntos. Ano passado, por outra coincidência o vejo durante a corrida e acabo de entrar em contato com ele. Estou indo prá São Paulo e estamos organizando de fazer uns treinos juntos. Talvez se ele não tivesse com a camisa da Caloi eu não tivesse falado com ele e não tivesse feito mais um amigo.

Minhas Bicicletas

MINHAS BICICLETAS PARTE 1

Meu primeiro fascínio com bicicletas de corrida foi vendo um filme do James Bond. Meu pai adorava o 007 e eu assistia com ele a todos os filmes. Tem um que eles saem com umas Road bikes (ou speed, dependendo em que continente você estiver) e desciam uma montanha. Até hoje eu lembro que as bicicletas eram azuis com os cabos de freio brancos. Daquela que o passador de marcha é no quatro ainda. Eu era muito pequeno mas ficou a memória e acho que sempre que via alguém com uma bicicleta de corrida ficava maravilhado.
Mas a vida segue e como criança nascida em 73 e que os pais não tinham nenhuma aspiração muito esportista, passei pela série de bicicletas obrigatórias: caloi berlineta, cruiser, etc. Tive as minhas bicicletas pela vida até chegar finalmente a uma verdadeira roda bike. Aqui vai a lista que me fez muito feliz durante a vida toda e também muita raiva algumas vezes.

CALOI BERLINETA

Minha primeira bicicleta. Acho que tinha uns seis anos de idade. Ela era verde meio metálico. Lembro que o guidon chegava à altura do meu rosto e que as rodinhas traseiras estavam tão mal colocadas que a bicicleta ficava torta. Numa das primeiras vezes que meu pai foi tentar me ensinar a pedalar lá na avenida do contorno (que ia de nada a cois nenhuma). Lembro da dor nas costas porque eu ficava todo torto. Mas acho que surtiu o efeito desejado. Desisti das rodinhas rapidamente e aprendi a pedalar sem elas. Naquela época o mundo era dividido entre quem tinha Berlinetta e quem tinha Monark monareta, que era mais pesada mas tinha o guidon parecido com as Harley Davidson dos filmes. Era mais cara e quem tinha era mais a galera da grana. A berlinetta tinha o guidon reto, preso diretamente no quadro com duas porcas grande, mas era mais leve, com freio melhor e sempre ganhava na corrida e pulando rampa. Empinava muito melhor que a monareta, eheeh
Fiquei com essa bicicleta até os meus 13 ou 14 anos. Ela já estava pequena para mim ao ponto de eu acabar me cortando nas malditas porcas que seguravam o guidon no quadro. Minhas pernas já eram grandes demais e ainda hoje tenho duas cicatrizes nos joelho esquerdo... Mas era época de super inflação e com outros 3 irmãos para ganhar bicicletas a coisa era assim mesmo. Andei muito com ela e conheci grande parte dos bairros ao redor da minha casa.

CALOI CRUISER

Quando a coisa começou a ficar ridícula e as meninas já faziam piada de mim eu fiz pressão e meu pai decidiu (depois de muita reclamação) me dar uma bicicleta nova. A escolhida, depois de muita pesquisa, foi uma caloi cruiser vermelha. Ela ganhou logo o nome de camelo, principalmente depois que troquei o guidon original por um de bmx. Era um gigante para mim, mas corria muito bem quando ganhava embalo. Com ela, ganhei mais terreno. Conheci toda a zona central da minha cidade e já dava pra ir até a praia! A gente ia prá praia jogar bola a uns 10 quilômetros da minha casa. O camelo só não subia ladeira muito bem porque eu tinha trocado a catraca original por uma de 13 dentes (a minha ainda não tinha passador de marcha). Mas no plano ninguém ganhava.

MONARK BMX PANTERA

Na mesma época meu irmão ganhou uma BMX. O quadro era da Monark pantera, mas todo o resto era importado em alumínio (meu pai conseguiu uma promoção com alguém!). Desde o guidon, rodas e seat post. Eu convenci ele a colocar uma catraca de 12 dentes e a bicicleta voava. Ela era tão leve e baixinha que era difícil alguém ganhar qualquer corrida dela. Manobrava bem, corria bem e voava nas rampas. Era um sonho. Prá desespero do meu irmão, eu acabei saindo muito mais com a bicicleta dele do que com a minha. Adorava apostar corrida na avenida ao lado da minha casa. Adorava pegar tanta velocidade (acho que chegava perto dos 50 kms/h nas arrancadas) que deixava os motoristas preocupados e a garotada gritando de excitação. Isso até o dia em que, instigado pela garotada, tentei quebrar o recorde de velocidade (que era julgado pela meninada no olho). Perdi o controle da bicicleta no auge da velocidade e cai de rosto no asfalto. A queda foi feita, cheguei a desmaiar duas vezes e acabei no hospital com 15 pontos em diversas partes do rosto (incluindo rosto e joelhos) e queimaduras no resto. Por sorte (ou por todo o treinamento de judô por anos), não quebrei nenhum osso.

CALOI 10

Com a queda, cheguei a conclusão de que o que eu gostava mesmo era de velocidade. Mas com medo de perder o controle de novo desisti na BMX e consegui trocar a cruiser por uma Caloi 10 marchas da cor vinho. A bicicleta era muito boa, estável e com ela comecei a fazer viagens mais longas no fim de semana. Mas era uma bicicleta solitária. Não dava para andar com os amigos do bairro, que ainda buscavam ruas esburacadas, etc. Também nessa época comecei a sair mais com os amigos da escola. Com 15 anos comecei a beber e sair para festas mais adultas e o lado lúdico da bicicleta perdeu-se. Acabei vendendo a bicicleta por uma mixaria e com os pneus secos pelo desuso. Pelo menos quem comprou usou a bicicleta diariamente para cobrir uma distância de 30 quilômetros. Daí foram uns 10 anos sem sentar em outra bicicleta. 10 anos de engorda, bebida e péssimos hábitos alimentares. Os 10 anos em que terminei a universidade e comecei a trabalhar.

No post seguinte entro na fase das bicicletas realmente de corrida. Vem aí lembranças sobre a monark 10 marchas, uma empella e as roads “de verdade”: Ridley e Giant. No site da Caloi (www.caloi.com.br) e da Monark (www.monark.com.br) dá prá ver a história das empresas, fotos das bicicletas e inclusive algumas propagandas da época.
CONGELADO NA BICICLETA

Organizadores verificam se todos os ciclistas estão bem congelados.

Ontem fomos ao nôno circulo e voltamos. Não ao céu, mas à uma resolução de treinar sozinho. O que antes era a motivação para treinar, se tornou a completa desmotivação para sentar na bike. Entre 35 ciclistas, não vi coleguismo nem companheirismo e decidi que a motivação não é mais participar de um grupo mas de fazer números em competição. O treino de 80 quiolômetros, que deveria ser uma volta tranquila com o time do trabalho se tornou um inferno dantesco. Satan estava lá abanando suas azinhas e deixando todo mundo congelado com tanta água, frio e uma série de pneus furados.

Ao todo foram 8 pneus furados e a cada vez o grupo inteiro parava para esperar o pneu de alguém ser trocado. O resultado é que o corpo esfriava ao ponto do corpo começar a tremer e os dentes baterem. A temperatura estava por volta dos 3 graus mas o vento e a chuva que não parou um segundo davam a sensação térmica de abaixo de zero. Para piorar, os "organizadores" da volta não se adaptaram a situação e decidiram continuar com o plano dos 80 quilômetros. O que poderia ser cortado em pelo menos 20 se a gente desistisse de fazer loops em uma área com algumas subidas. Vale salientar que eu estava usando toda a minha roupa de inverno...

E para piorar, faltando 25 kms para a chegada tive que baixar minha velocidade para 15kms/h . O motivo é que eu estava com vontade incontrolável de fazer xixi e decidi parar já que o grupo estava indo bem devagar. Eu conseguiria alcançá-los facilmente. Depois de feito o xixi, comecei a pedalar e quando já vejo o grupo percebo que uma das novatas tinha ficado para trás. Quando chego perto descubro que ela estava completamente esgotada, desorientada e mal pedalando. Para encurtar a estória, fiquei para ajudar, perdi o grupo e tivemos que fazer o caminho de volta sozinhos aos 15kms/h. E para piorar, ela não conhecia o caminho e estaria completamente perdida. Não tinha como deixá-la para trás.

Nessa velocidade meu corpo não esquentava nada. Lutar contra o frio com o ritmo cardíaco de 110 bpm é uma batalha perdida. Levamos tanto tempo para chegar que a hipotermia estava me pegando. Ao entrar no prédio da chegada eu tremia tanto que nem conseguia tirar a roupa para tomar um banho quente. Tive que me encostar em um aquecedor para conseguir tirar as botas, casacos, etc. Tudo encharcado e gelado. Passei uns 40 minutos embaixo do chuveiro quente para esquentar. E a minha bronca no lance todo é que não era minha responsabilidade ajudar a mulher. Era responsabilidade dos organizadores, que deixaram os novamos para trás nas piores condições imagináveis. Com esse grupo só saio agora se for para voltas obrigatórias... E espero não ficar doente.

QUANTIDADE DE TREINO
Ontem fiz minha sessão de ginásio com 15 minutos de aquecimento na bicicleta de spinning, várias séries de agachamento (peso nas costas, peso na frente, beso na frente por baixo), alongamento para as costas e abdominais e fechando com mais 15 minutos de volta à spinning bike (boa frequencia (90rpm), pouca resistência para recuperação). Um total de 1hora e 20 minutos.
Tomei o meu shake de proteína no final e foi tudo bem. Mas à noite minha garganta começou a arder um pouco e eu já aprendi que é o meu corpo me dando o primeiro sinal de que vai fechar prá balanço. Melhor escutar o que o corpo está dizendo do que pagar com uma parada de mais de uma semana. Como tinha feito o mesmo treino na segunda-feira, achei que estava bom relaxar hoje e não ir para a volta de mountainbike com o grupo do trabalho. Uma pena porque eu estou realmente gostando dessas voltas.
Mas minha dúvida agora é: já estou começando a entrar em overtraining? Como pode ser se a quantidade de horas semanal ainda é pequena? Por volta de 6 horas. Ou ainda é o frio do inverno baixando minhas defesas? Tenho que comer mais? Ou comer melhor? Estou com alguma alergia ou é o stress? Bem, é um monte de pergunta. Tenho que pensar... principalmente se estou com aquela pulga atrás da orelha sobre triatlon.
Domingo tem volta com o time do trabalho na estrada: 80 quilômetros basicamente planos, com alguns sprints de grupo e algum tempo esperando os retardatários (esfriando). É esperar que o frio não esteja como ontem: - 6º C.
TRAINING UPDATE

Finalmente o tempo deu uma melhorada e o treinamento voltou prá estrada. No fim da semana passada, quinta-feira, fizemos 20 kms de mountain bike. Uma rota nova para mim com muitas subidas técnicas, lama e raízes de árvores. Algumas quedas e coração disparando para os 180 bpms constantemente. No sábado, 65 quilômetros contra o vento frio. Segurando o coração nos 130 bpms. Uma boa volta, apesar de chegar em casa com os pés congelados.
Hoje foi dia de ginásio. Uma hora feita de 15 minutos de corrida e o resto de squats. Com diversos pesos e atenção na postura para me curar do muted hips.
MUTED HIPS FUNCTION


Ontem, enquanto fazia meus exercícios de fitness, descobri que as minhas dores de região lombar provavelmente se devem também a um problema bastante comum: muted hips. Eu não consegui encontrar tradução para isso, mas basicamente significa que o quadril não é forte o suficiente para manter a força constante (seja levantando peso ou pedalando) e começa a recrutar os músculos da perna. Resultado, dor e menos potência. Também significa que o quadril não tem a flexibilidade que deveria ter. Eu não consigo "empinar" a bunda...

Também faz parte do problema uma certa atrofia neural. Durante as férias de Janeiro, conversando com um amigo fisioterapeuta, ele me mostrou que eu tenho um pouco de atrofia no nervo que vem da coluna vertebral até o calcanhar. Essa atrofia também causa dor, principalmente na hora de fazer força por tempo prolongado = subir montanhas. Para resolver a situação, ele me mostrou dois exercícios de alongamento neural que estou fazendo todos os dias.

A boa notícia é que o treinamento que eu estava fazendo para a região lombar é o correto. Seguir fazendo aguachamentos com peso nas costas, nos peitos e baixo (deadlift). Só tenho que corrigir ainda mais a posição e começar a soltar o quadril. E também prestar atenção na minha postura durante o dia-a-dia no trabalho...
O RITUAL
Outra vez começou a época de treino e longas voltas aos domingos. Acho que todo ciclista segue um ritual próprio para arrumar e sair de casa o mais rápido possível e sem acordar o resto da casa. O meu ritual começa na noite anterior: verifico no plano anual o tipo de treino, decido quantos quilômetros e escolho a rota. Tudo depende se vou sozinho ou vou encontrar alguém. Olho a previsão do tempo: chuva, neve, sol, temperatura, direção e força do vento. Decido que horas sair: normalmente entre 6 e 7 da manhã. Verifico os planos do dia com esposa (chefe) e ajustar horário de saída (lembrar de ajustar despertador) e comunico a expectativa do horário de retorno. Discutimos o que está na agenda com a família: visitar tia, jantar com alguém?

Se a rota não for conhecida, anoto os pontos de navegação em post-it. Plastifico-o com fita adesiva e coloco na bicicleta (que fica no quartinho de despejo atrás da casa). Verifico pressão dos pneus, luz se necessário, bomba para encher pneu, bolsa para emergência (duas câmaras de ar, dinheiro, paracetamol, desembeiçador de pneu). Preparo as garrafas: uma com energy drink (1litro) outra com água (1 litro). A do bico aberta é a de água e vai na parte de trás do quadro. Separo a comida: barras energética de cereais, gel energético, 1 banana e sanduíches com geléia (que serão feitos pela manhã): um item para cada hora de treino. Coloco tudo ao lado das garrafas, perto da porta de saída dos fundos.

Vou ao quarto e separo a roupa de treino na seqüência que vou vestir: meias de perna inteira, calção de ciclismo, o sensor de ritmo cardíaco, camisa interna, camisa externa com bolsos, cobertores de braços e casaco térmico ou de chuva e meias. Colocar tudo no banheiro para fácil acesso pela manhã. Pegar também: sapatos, óculos escuros, gorro, computador da bicicleta, chave da casa e luvas e colocar dentro do capacete. Colocar tudo ao lado das comidas perto da porta de saída. Ir para cama, colocar despertador para 30 minutos antes da hora de saída. Dormir.

Acordar às 6:00 da manhã. Ir pro banheiro. Primeiro coloco as meias compridas (ainda bem que nunca ninguém me viu nessa hora), depois o calção, sem colocar as alças do ombro. Agora é o sensor de coração, com a ritual lambidinha no dedão para umedecer o sensor. Um de cada lado. Agora vem a camisa interna e agora sim as alças do calção. Em cima, vai a camisa e as proteções para o braço. Meias terminam a preparação roupística. Pego o casaco térmico e desço para sala. Colocar o casaco agora é garantia de superaquecer. Antes de descer, olhadinha na filha dormindo prá dar boa sorte...

Enquanto o café é feito, faço uma banana machucada com cereais (tipo farinha láctea) e como. Bebo café com pão branco com geléia e, enquanto o comprimido de vitamina C dissolve no copo de água, preparo os sanduíches: pão com geléia, bastante geléia. Coloco toda a comida nos bolsos das costas. Barras no bolso esquerdo, banana e gels no bolso do meio, sanduíches no bolso da direita. Fácil de lembrar durante o treino ou corrida.

Volto prá sala e coloco o gorro e o capacete. Gorro cobrindo orelha e então coloco os óculos escuro por cima do gorro para não machucar orelha. Incrível como esses óculos de competição são apertados. Pego o computador e coloco preso na perna do calção. Pego as luvas e enfio entre minha barriga e a camisa. Pego sapatos, garrafas de água e chaves da casa e saio pela porta da cozinha até o quartinho de despejo. Coloco garrafas de água na bike. Energy drink na frente, água atrás. Tiro computador do calção, coloco na bicicleta e dou uma rodada na roda dianteira para ver se está funcionando.

Calço o sapato direito, apertado mas não demais. Sempre o direito primeiro. Coloco o protetor de frio, que está sempre ao lado da bicicleta. Calço o sapato esquerdo e o protetor, que sempre dá mais trabalho e o pé dói mais (Velha queda de skate que sempre dói no frio...). Saio com bicicleta pela porta dos fundos da casa. Olho o relógio: 6 e meia da manhã. Bom. Coloco as luvas, sento na bicicleta e dou um balancinho prá ver se não há nada solto. Dou as primeiras pedaladas bem devagar, umas mudanças de marcha. Duas prá cima, uma prá baixo. Tudo funcionando. Faço uma curva prá direita e outra prá esquerda e estou na estrada. Assim cedo vai estar sempre frio e escuro até o mês de março/abril e o ritual vai diminuindo pelo número de roupa.

Não há ninguém na rua. Afinal é domingo e a maioria das pessoas só vai acordar daqui a duas horas. Gosto dessa primeira hora. Depois é encontrar alguém dos companheiros para as próximas 4 ou 5 horas de pedalada...