AINDA NÃO

Update da situação: ainda não tenho bike. O que quebrou foi a base da catraca. O chamado núcleo. Não consegui encontrar em São Paulo um lugar que vendesse o núcleo somente. Eu sei consertar o problema, as ferramentas necessárias são bem simples (uma chave allen de 10 mm e uma chave de boca 13). Mas tive que levar para uma loja porque não consigo comprar o tal núcleo.
O cara da loja já está com ela há 24 horas e não deu sinal de vida. Não sei nem se ele abriu e o que está planejando fazer. Esse é um dos problemas com o Brasil. O pessoal não se comunica. Não trabalha junto com o cliente para resolver a situação da forma mais rápida possível e com menos custo, o que atrairia o cliente a voltar. Além disso, não se encontra peças, porque há a cultura do mandar fazer, em vez de resolver a situação sozinho...
Estou frustrado... O geito é encarar a bicicleta ergométrica do ginásio... que é uma "beleza" da mecânica moderna...
E esse texto tem mais reticências que conversa de doido...
QUEBROU

Estou muito chateado. Hoje acordei cedo prá treinar. O clima está perfeito. Por volta dos 15 graus e nublado. Não ia morrer de calor como na última quinta-feira, quando fiz 70 quilômetros. Mas apenas saí do hotel e a bicicleta quebrou. A catraca não prende mais. É o famoso "perdeu cabelo". A catraca roda livremente nas duas direções e não dá prá impulsionar a bike...
Ontem estava no centro e vim de noite só para poder treinar hoje. Deixei de ficar com os amigos, apesar das insistências, só prá treinar. E não vai dar... E terei que levar na loja na terça-feira prá comprar uma peça nova. Espero que eles tenham para que eu volte ao treino terça-feira.
TREINO DE PELOTÃO


Hoje foi dia de treino de pelotão no circuito Alphaville. Ao todo foram quase 50 quilômetros feitos em 1 hora e 44 minutos. Foram duas voltas de aquecimento e duas de sprint. Foi bem melhor do que no último dia 10. Eu consegui ficar mais tempo junto ao grupo principal, me senti melhor e inclusive deixei para trás parte do pessoal que tinha me deixado para trás na primeira vez.

Ao olhar o resultado prático no computador da bike dá prá ver a diferença. A velocidade máxima foi ligeiramente maior e a média também. Mas não muito. Na verdade quase insignificante. A grande diferença dá prá ver é em que zonas do coração eu fiquei mais tempo. Na primeira vez, dá prá ver que fiquei a maioria do tempo entre 165 e 168 e 7% do total acima do lactate threshold que é de 178 batidas por minuto. Dessa vez, apesar de fazer mais força, fiquei a maioria do tempo entre 100 e 157 bpm e muito menos entre 168 e 175 bmp. O que significa menos esforço.

O que afinal significa melhor condição física. A semana sem treinar mas prestando atenção na alimentação deve ter tido o efeito benéfico. Amanhã é dia de descanso e quinta-feira devo fazer uma volta longa focando na zona 3. Feliz hoje...

DE VOLTA AO TREINO

Bem, estou de volta ao treino. Depois de uma semana de gripe e crise de garganta, voltei hoje ao ginásio para uma sessão na bicicleta ergométrica. Infelizmente no ginásio do hotel em que estou não há bicicleta de spinning. O que em si é uma proposta interessante pela pedalada. Mas não pela posição correta de pedalar. Mas isso é uma estória para outro dia. E afinal comecei também a pensar o quanto a poluição de São Paulo também não está afetando o meu treino... Pode ser. Pode ser. Seguindo meu plano de treino anual, eu estou na verdade atrasado.
O timing de ficar doente não podia ser pior. Foi exatamente na primeira semana da fase de build. É quando o treino começa a ficar mais específico para a corrida para qual estou me preparando. Então, a partir de agora, os treinos não são mais longas voltas em zona 2 como limite. Agora começo com intervalos. Intervalos longos e intervalos curtos, em zonas 3 e 4 e até 5. Treino de qualidade, como diz Joe Friel. Hoje foram 2 sessões de 20 minutos no topo da zona 3. 162 bmp. Eu estou atrasado porque deveria ter começado a fazer isso na semana passada.
Então estou correndo atrás uma semana. E o atraso também é em condição física. Claro que hoje nos dois intervalos, minha performance não foi boa. Me sentia pesado, inchado, dolorido. Com um output baixo em watts. Mas sei que posso recuperar. Ou espero que possa. Amanhã tem treino de pelotão aqui em Alphaville. Outro dia para colocar um palmo de lingua prá fora e ainda assim não conseguir acompanhar os caras. A vida de ciclista amador é construída de pequenas humilhações e algumas alegrias...
NOVOS CAMINHOS


ESTRADA DE ROMEIROS ENTRE PIRAPORA E ITU: BOM TREINO E NATUREZA

No domingo saí para treinar. Fui de Alphaville até os arredores de Itu e voltei. O que faz 120 quilômetros ao todo. Parte do caminho já era conhecido mas o trecho entre Pirapora do Bom Jesus e Itu era novidade. E devo dizer que é dos melhores caminhos que treinei nos últimos quatro anos. Não tem o glamour e o tamanho das montanhas da França, mas ganha da dureza das subidas da Bélgica e da tranqüilidade da Holanda.

CIRCUITO ALPHAVILLE

Hoje foi dia de encarar pela primeira vez o treino no pelotão de Alphaville, São Paulo. Tinha ouvido falar dessa volta mas como não tinha certeza, ainda não tinha encarado. Terça-feira passada fui lá à pé só prá ver a saída e encontrei um pessoal ao qual eu perguntei como funcionava. Um foi muito simpático, me deu informações e inclusive pediu o meu celular prá me dar um toque.

Como bom brasileiro e nordestino fiquei muito desconfiado e já estava certo que não ia dar em nada. Hoje pela manhã o cara me liga prá me dizer que o pessoal ia treinar e me incentivar a aparecer. Fiquei muito feliz com a simpatia e hospitalidade e fui lá. E tudo o que posso dizer é: que volta! A coisa é curta, mas nada aborrecida.

O circuito tem 10 quilômetros e o pessoal dá umas 4 voltas. A coisa começa com uma volta leve de aquecimento na qual ciclistas começam a se juntar a um pelotão de mais ou menos 25 ciclistas. Depois da primeira volta, o ritmo aperta para os 45 kms/h e chega até uns 50 kms/h e fica nisso por umas 3 voltas. É muito pesado. Eu só consegui segurar uma volta e tive que baixar para os 30 km/h. Depois do treino o pessoal se junta e fica conversando embaixo da rodovia Castelo Branco. Todo mundo é muito simpático e acolhedor. E mesmo se você não consegue acompanhar, eles lhe incentivam a voltar na próxima corrida e assim ir melhorando e dão dicas de onde treinar, etc. O que mais um ciclista pode querer?...

ESTRATÉGIA PARA A L'ETAPE DU TOUR



MINHA ESTRATÉGIA PARA A ETAPA. BEM CONSERVADORA NAS SUBIDAS.


Hoje dei uma olhada no plano de tempo para a Etapa du Tour. Basicamente o plano com o tempo limite para cada parte da corrida, incluíndo o topo de cada montanha e os tempos de eliminação. Eu faço isso com o objetivo de construir minha estratégia durante a corrida em termos de velocidade média e esforço. E também para ter uma idéia de onde estão os verdadeiros riscos, onde vale a pena se esforçar um pouco mais e onde é melhor economizar energia.E dessa vez a surpreza vem onde eu menos esperava. Eles foram bem "generosos" em relação ao tempo dado para a subida. No Telegraph eles deram um prazo total de 1 hora e 34 minutos. O que dá prá fazer tranquilo com uma velocidade média de 9 quilômetros por hora. No Galibier, eles deram um prazo de 2 horas e 16 minutos. Média de 7.5 km/h e você bate o tempo. E o Alpe D'Huez você tem 2 horas e 7 minutos. Uma média de 6.5 para atingir a marca limite.


Então, nesse aspecto, o jogo é o de sempre. Construir um buffer nos primeiros 14 quilômetros e usar esse buffer se algo der errado nas subidas, como um pneu furado, um nervosismo, caimbra, etc. Construí uma fórmula no Excel que dá para calcular qual a velocidade média que eu preciso para atingir minhas metas. Na "calculadora" dá para ver que se eu manter uma velocidade média de 35 kms/h nos primeiros 14 kms (que são descendo), dá para construir um buffer de mais ou menos 1 hora. O resto é fazer as budidas com bastante tranquilidade que dá tempo de sobra. Mas se você perder essa hora, a coisa aperta. Porque não há mais lugar para construir um buffer.


O que a organização da prova foi generosa com o tempo nas subidas, não foi nas descidas e na única parte "plana". Logo depois de descer do Galibier há uma pequena subida, no Telegraph, e logo entra-se na parte plana. São mais ou menos 28 quilômetros que sem tem que fazer em 56 minutos. Então, se você perdeu tempo nas subidas e o tempo de eliminação está nos seus calcanhares, é melhor empurrar forte nos pedais. Não há folga. E depois encarar o Alpé D'Huez com força, sem relaxar nas suas 21 voltas...


Se quiser usar a minha "calculadora", basta me mandar um email.

VIDA DE CICLISTA
PERFIL DO CAMINHO ENTRE ALPHAVILLE E PIRAPORA DO BOM JESUS.
Hoje fiz a segunda volta aqui em Sampa. Fiz basicamente o mesmo caminho da semana passada, adicionando um trecho de mais ou menos 13 quilômetros. Saí de Alphaville e segui na direção de Santana de Parnaíba, o que dá pouco mais de 11 quilômetros. Nesse trecho há 15 ladeiras, variando entre 6 e 12%, com a grande de 19%. O trecho é bem tranquilo e basicamente passando por área de condomínios. A diferença dessá vez foi que em vez de virar na ponte sobre o Tietê e passar para Santana de Parnaíba, eu segui em frente pela estrada Ten. Marques até chegar na Rodovia Anhanguera e voltei. São 13 quilômetros, com bom relevo para treinar, mas bastante agitada com carros saindo da direita, sinais de trânsito, muitos ônibus, etc. Pelo Google você vê que é possível ir por Cajamar até o reservatório de Pirapora e descer por aí, o que seria uma volta muito boa, mas informação da polícia de trânsito é que boa parte do caminho é em estrada de terra... Fora da lista... Voltei até Santana e virei na direção de Pirapora pela estrados dos Romeiros. O caminho é muito bom, várias subidas fortes e mais longas. Mais o melhor é que é bem tranquilo, com poucos carros e dá prá ver outros ciclistas. No total foram 76 kms, com temperatura mais agradável do que a semana passada e menos caimbras...