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Essa é a primeira parte do review do que eu eu chamo de Volta de Natal Central que fiz no dia 10 de Janeiro. Esta é sempre a minha primeira saída quando estou em Natal de férias. É uma volta curta, de 30kms, mas com alguns desafios pelo caminho. Principalmente se o jetlag ainda está no seu sistema. O percurso não é muito original mas traz um bom apanhado das melhores subidas da região central da cidade. Também é bom para o corpo acostumar com a bicicleta que tenho no Brasil. O que é por si só um desafio extra: uma monarq 10, com discos de 52 e 48 na frente e com catraca maior de 28 dentes. Tudo original em aço, ferrugem e sem pedal do tipo click.
Saindo do Conjunto dos Professores, ao lado do Campus da UFRN, sigo pela Roberto Freire até Areia Preta pela Via Costeira. A Roberto Freire é um bom lugar para aquecer os músculos. É basicamente plana e você só tem que ter atenção em algumas ruas vindo do lado direito e na hora de passar em frente ao Praia Shopping e os carros saindo de frente ao Banco do Brasil. Em frente ao Praia Shopping há uma pequena subida de 6% de inclinação. Mas é bem rápida. Depois é entrar na Via Costeira com uma bela descida de 7%.
Eu segui pela nova ciclovia já que não tive coragem de ir pelo asfalto. Muita gente falando de acidentes de carro por causa nas novas curvas (?). A Via Costeira é basicamente onde eu entro em ritmo de viagem. Subidas entre 3 e 5% de inclinação, mas todas curtas com um máximo de 400 metros. A ladeira mais longa é um pouco antes da entrada para Mãe Luíza. Depois é seguir por Areia Preta, Praia do Meio, Artistas e do Forte até a ponte nova para Redinha. Trajeto que é totalmente plano.
Atenção com os carros e os ônibus de turistas. Pela quantidade de gente na praia, eu prefiro dar uma reduzida na velocidade. Também pouco antes de chegar na ponte, há uma entrada de carro pela sua direita. É bom prestar atenção já que mesmo que você esteja usando as cores mais berrantes, você é invisível. E gente invisível não tem prioridade.
A ponte não é nada especial (veja perfil da subida acima). A entrada é bem pequena e você tem que procurar por ela. Eu não subi pelo asfalto, preferi a subida pela lateral (afinal não há muitos pedestres). Para entrar você tem que praticamente parar a bicicleta, entrar meio de lado e logo encarar um trecho de uns 130 metros com 4% de inclinação seguido de uns 200 com 8%. Porque você não tem velocidade nenhuma, a freqüência de pedalada estará muito baixa, o que significa começar a subida usando força em vez de ritmo (Principalmente se o seu disco na frente for de 48 dentes). Procure não exagerar pois ainda há 1 quilômetro de subida e você pode gastar todas as energias logo de cara.
Depois desse primeiro “acorda coração-língua de fora”, a coisa fica mais leve entre 5 e 7% até o topo. É a primeira subida de verdade do ano e fiquei feliz com o resultado: acho que gastei uns 35 minutos até ali desde casa. Aproveite para comer e beber enquanto o corpo esfria com a brisa do mar. E também porque a ponte é alta suficiente para você não sentir o cheiro do rio Potengi se a maré estiver baixa. A descida é rápida (todo santo ajuda), mas tome cuidado já que o piso é irregular e você tem que frear forte para sair da ponte.
Agora é relaxar no retorno pelas praias até a Ladeira do Sol. O grande desafio do dia. Quando eu era criança e morava no Tirol, a Ladeira do Sol era um obstáculo intransponível. Naquela época eu tinha uma Calói Cruizer e não se pensava em subir a ladeira com aquele “camelo” nunca na vida. A melhor opção quando ia jogar bola na praia do Forte era voltar pela ladeira atrás do Farol Bar. Mais longa mais menos íngreme. Agora com uma bicicleta um pouco mais leve, a coisa ainda mudou pouco. Olhando o resultado no computador da bicicleta, a ladeira não parece assim tão íngreme. Mas aparência engana.
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