TREINO DE VERGONHA

Finalmente neste domingo fiz um treino digno do L'etape. Foram 98 quilômetros em 4 horas e 42 minutos, regados a 35 quilômetros de subida, dos quais 8 foram os quilômetros finais. Bem ao estilo Etape du Tour, que sempre reserva a chegada para o topo de uma montanha. Esse ano será o Alpe D'Huez, com 13 quilômetros de subida.

O treino dessa vez foi parte por um terreno novo. Entrei na rodovia Castelo Branco na direção de Sorocaba, graças a uma indicação do Felipe de Alphaville. Apesar de apreensivo inicialmente, a rodovia tem um acostamento bem amplo e me pareceu bastante segura. Segui até o quilômetro 48 quando entrei na saída para Santana de Parnaíba. Esse trecho de 10 kms é basicamente plano com algumas subidas de 3 kms mas leves por volta de 3% de inclinação.

Depois que você sai da Castelo Branco, na saída de Santana de Parnaíba, km 48, há um trecho de 14 quilômetros de muita subida e descidas, todas por volta dos 6 e 8%, com picos de 11%. É um trecho fantástico porque é sinuoso, com uma variedade grande de subidas e descidas e quase sem trânsito. Alguns carros passam por aí mas bem devagar. Há também bastante cavalos e vegetação dos dois lados da pista, que tem um asfalto perfeito. Muito novo. Diversão garantida e ainda vou voltar alí pelo menos uma vez antes de ir para Holanda.

Chega-se pela parte antiga de Santana de Parnaíba, com as típicas casas de interior uma colada a outra e de cores diferentes. Portais desenhados e o inevitável pessoal sentado na soleira da porta. Muito simpático e pitoresco e talvez por ser véspera de Santo Antônio o pessoal estava extra animoado. O caminho desemboca na praça da igreja (nada mais típico). O que me lembrou o porque eu gosto tanto de ciclismo. Você pode conhecer vários lugares que normalmente não veria de carro. Dessa vez foi a igreja da cidade num domingo bem cedo. E ela está em um lugar que eu passei várias vezes bem perto em outros treinos e nunca tinha visto. Foi só modificar o percurso um pouco e novas descobertas aparecem.


No final segui até quase em Cambreúva, pelo caminho de sempre e voltei por Alphaville. O bom sinal foi que subi a ladeira de 19% de inclinação sem grandes dramas. Uma ladeira que eu não tinha conseguido subrir nas primeiras semanas de treino. Tendo que caminhar parte dela. O mal sinal é que voltei a ter caimbras. Ao chegar no pé da subida de Aldeia, já com 90 quilômetros nas pernas, o músculo frontal da coxa esquerda decidiu reclamar. E a caimbra foi tão forte que eu tive que parar por uns 10 minutos e massagear a perna para poder continuar a subida. E o resto da "escalada" foi muito lenta para não despertar a caimbra de novo.

Amanhã e quinta-feira tem treino de intervalo. Domingo mais uma longa e dessa vez serão 120 quilômetros. Antes de voltar para Holanda. Aí tenho uma de 150 quilômetros no dia 25 e depois é administrar até o dia 11 de julho.

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