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TRANSE HIPNÓTICO COM RAMMSTEIN

RAMMSTEIN, RAMMSTEIN, RAMMSTEIN, AD ETERNUM...

Hoje eu fiz um treino interessante. Psicologicamente interessante, quero dizer. Durante um treino de intervalo, no último intervalo que durava 10 minutos no qual eu teria que manter o coração no mínimo a 180 e no máximo a 185 batidas por minuto, meu ipod ficou preso em uma música só. Rammstein, da banda de mesmo nome. Uma combinação que teve um efeito bem interessante.



Normalmente o último intervalo é sempre “mind numbing”, ou seja, a caixa de confeitos derrete e você se junta ao time do Forrest Gump. Sempre faço esse tipo de treino numa bike de spinning porque é mais seguro. Antes de entrar no último intervalo, você já fez pelo menos outros três ou quatro sessões e se prepara para a mais longa e dura do treino. Você começa o esforço já sabendo que vai ser uma merda, mas tem que se acostumar com a dor para conseguir subir montanhas. Sem dor não se chega lá... você tem que aprender a sofrer.
Os dois primeiros minutos são OK. Pesados mais OK. E depois desses dois minutos a coisa vira de cabeça prá baixo. Você perde meio que noção de tudo ao seu redor e tem que curtir a dor. Não dá prá ignorar, tem que conviver com ela. As pernas estão queimando, o pulmão pesado, a cabeça leve e o suor escorrendo pelo seu rosto faz seus olhos arder. Por isso, eu sempre faço esse treino com o ipod para evitar que alguém venha falar comigo e me fazer parecer um idiota. Dois mais dois parece física quântica nessa hora...
Bem, quando comecei o intervalo o ipod estava tocando exatamente Rammstein, que é a última música da lista. Quando o esforço começou de verdade, eu nem notei que a música estava repetindo. Afinal, é uma música repetitiva mesmo: Rammstein, Rammstein... E a coisa foi seguindo. A combinação do esforço, repetição da respiração, repetição da música e repetição das pedaladas, meio que me deixou em transe. Um lance muito estranho. Eu sentia dor, mas era como se fosse outra realidade. A coisa foi seguindo, ritmo constante e eu perdido nem sei onde. Passei do tempo que deveria ter ficado no intervalo por uns bons minutos e só saí do transe porque alguém passou na minha frente e acenou para mim.
Não sei quanto tempo eu ficaria nesse transe, nem quais seriam as conseqüências disso, mas que foi uma experiência muito estranha, isso foi. Indução psicológica, repetitiva, hipnótica, etc. Eu me considero bem forte psicologicamente, mas essa meio que me pegou de surpresa... Vou tentar entender o que aconteceu para possivelmente usar quando necessário...

3 comments:

  1. :DD Ri demais com este post. Rammestein é ótimo!! Estou gostando muito do teu blog, principalmente pq (por coincidência) ontem eu comecei a procurar bikes. Nada profissa. Mas adoro e tenho uma metas ciclísticas pras quais quero começar a me preparar. Foda é que SP e o Brasil não estão preparados pra ciclistas, mas.... Dúvida: o que vc recomenda antes de encarar a bike de modo mais assíduo- treinos paralelos? corrida pra ganhar resistência? Ou não tem regra? Bjs

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    1. Oi Michelle, Você está em São Paulo? Estive por três meses por aí e gostei bastante de dar umas pedaladas pela estrada dos Romeiros. Pouco trânsito, asfalto bom e vários ciclistas na região. Também em Alphaville tem uma pessoal pedalando toda terça, quinta e no domingo.
      Prá começar o bom é simplesmente começar a pedalar 1 hora, depois que terminar sem se sentir morrendo, sair por duas horas e por aí vai. O melhor mesmo é comprar um sensor de ritmo cardíaco e manter o coração por volta dos 130 bpm para o corpo ir se acostumando... Boa sorte na jornada e estamos aqui prá ajudar.

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    2. Ah, se quiser detalhes dos lugares, me diz que eu mando o google maps em pvt... :)

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