Steven Rooks Classic

Veja o vídeo das minhas subidas. Sou o de casaco branco com calção azul e preto.

Como eu suspeitava, o Steven Rooks Classic foi muito difícil mas eu não estava nem de perto preparado para o que aconteceu de verdade. Quatro semanas sem treino cobraram um pagamento em dor e cansaço. Eu não estava preparado para os 160 kms nos Ardennes Belga e boa parte da corrida eu fui muito lento, tinha dor nas costas terríveis e na parte superior do corpo. Mas o pior foi o que aconteceu no começo de Cote de La Redoute, por volta dos 70 kms dentro da corrida. Até aí eu seguia com dois colegas da Nike (Ron e Simon) e a velocidade média era de 30km/h. Assim que eu comecei a subir a ladeira, uma caimbra fortissima começou na parte superior das duas pernas. A dor era tão grande que eu quase caí no chão. Nunca senti caimbras tão fortes. Eu tive que sair da bicicleta e ainda assim quase não conseguia ficar em pé.

Bebi quase um bidon inteiro de uma tirada. Um dos principais motivos de caimbra é desidratação. Mas não melhorou. Nisso vi quase todo o grupo da Nike passando (o que demonstra que eu estava indo bem). Outro colega, Richard, parou e perguntou se eu precisava de ajuda. Disse que eram caimbras e ele me deu umas pilulas que combatem o problema. O que foi muito legal da parte dele. Mas ainda assim tinha que esperar por volta de 1 hora prá fazer efeito. Ainda esperei um pouco alí e desci até a base da ladeira prá ficar me movendo na bicleta com bastante a marcha na mais leve possível. O objetivo era aumentar a circulação nas pernas. Depois de quase meia hora nisso eu ainda sentia que as caimbras estavam alí só esperando o primeiro esforço de verdade.

Eu desisti da corrida e tentei encontrar um caminho de volta pro meu carro que fosse o mais plano possível. Perguntei a várias pessoas mas não encontrei ninguém que soubesse o caminho e nenhum mapa que me ajudasse. Então pensei que a única solução era subir a ladeira (que chega a 20% de inclinação) e procurer alguém da organização no topo para pedir ajuda. Comecei a subida, que na primeira parte é bem suave (5%) e a caimbra não veio. Fiz a metade da subida e veio uma pequena caimbra. Parei e descansei por uns 3 minutos. Recomecei e a caimbra não voltou e consegui completar a subida. E lá em cima não tinha ninguém da organização.

Então vi que o único jeito era continuar seguindo a rota da corrida e ver como ia. Depois disso continuei a corrida e as caimbras não voltaram. Mas foram sempre uma ameaça em cada subida. Fiz todas as ladeiras da mesma forma: parando no primeiro sinal de caimbra e continuando depois. Consegui terminar a corrida completa a duras penas, com resultados sofríveis e muita dor. Mas no final estou feliz por ter terminado. Agora tenho que pegar o nome da pilula mágica. No final, essa foi a corrida mais desagradável dos últimos tempos. Chuva, frio de 5 graus e muita dor…

Resultado:
Tempo total da corrida: 8 horas 9 minutos
Tempo subida La Redoute: 8 minutos 44 segundos
Tempo subida Bois d’Olne: 9 minutos 51 seconds
Tempo parado: 1 hora 35 minutos

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As I’ve suspected the Steven Rooks Classic ride was very hard but I wasn’t not even close to what really happened. Four weeks without real training collected a high toll in pain and exhaustion. I wasn’t ready for the 160kms in the Belgium Ardennes and I was very slow in the majority of the ride and with pain the my upper body. But the worse happened in the beginning of Cote de La Redoute climb, around 70kms in the race. Until then I was riding with 2 colleagues from Nike, Ron and Simon, with a average speed of 30km/h. As soon I started climbing, a very strong cramp started hitting both my upper legs. The pain was so strong that I almost felt on the ground. I have never felt so strong cramps. I had to stop and was almost not able to just stand still.

I’ve drank almost the full bidon (1l) in one go as one of the main reasons for cramps is dehydration. But it didn’t help. And while I wait to see what happen I saw almost the whole Nike group passing by (what shows that I was going well so far). Another colleague, Richard, stopped to check what was going on. I’ve told him and he gave me a couple of pills to prevent cramps. But they would take around 1 hour to take effect. I’ve waited a bit and went down to the base of the climb to keep my legs moving with the lightest gears. The objective was to increase the circulation in the legs to help the pills to take effect. Almost 30 minutes later I could still feel the cramps.

I gave it up and decided to find the flattest way back to my car. I’ve asked the way to several people but no one could help me. So, I thought that I would go to the top of La Redoute and look for someone of the organization for help. I’ve started the climb and in the first easy part of the climb (5%) the cramps didn’t come. I’ve done the first half of the climb and a light cramp started in my left leg. I’ve stopped and rested for 3 minutes. Re-started and was ableto finish without cramps. And on the top there was nobody from the organization.

So,the only way out was to keep going tru the route. After that the cramps haven’t come back but was always a threat in each climb. I’ve done all the climbs in the similar way: stopping and resting at every sign of cramps. I’ve managed to finish the race with lots of pain and with very bad results. But I’m happy I was able to finish and now I need to get the name of that magic pill. At the end this was a very unpleasant ride with rain, 5 degrees Celsius temperature and too much pain…

Results:
Total time: 8 hours 9 minutes
La Redoute: 8 minutes 44 seconds
Bois d’Olne: 9 minutes 51 seconds
Rest time: 1 hora 35 minutos

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