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Live tracking: see how I am doing it!

1,330 kms | 36 K vertical meters Tomorrow, August 10, start my sport challenge of the year. You can read all the details about it here .  Fo...

ETAPE DU TOUR 2011 ANNOUNCED

Today it has been announced next year Etape du Tour. It is going to be a different etape from the previous years: 2 stages at different dates instead of the traditional one day. On July 11th the stage 19 of the tour will be on the menu: 109 kms with 3 major climbs: Telegraph, Galibier and Alpe D’Huez. On July 17th we will have no mountains but a long 208 kms ride with mid range climbs. It is the stage 9 on the tour.

All in all it is a bit of disappointment. After the announcement from the full Tour yesterday, the general expectation was that we would do the stage 18 with a major 189 kms to climb and 3 mountains: Cold Agnel that is in total 60 kms climb, followed by L’Izoard, with 39 kms and finally Galibier with another 35 kms to climb. So, it would be a massive 150 kms of mountain climbing. That would be an epic Etape. Something to be proud of.

The 109 kms is going to be an against the clock race. Not an real endurance race like this year. And it is going to be dangerous. To begin with it will start with a 25 kms descend. The start of 9 and a half thousands cyclists on a descend sounds very dangerous to me. Everybody trying to make time? Not sure if that is a good idea… And the descend of Galibier will be also very fast and I’m not sure that Telegraph and Galibier will have spread the field enough. The only good part of the whole thing is to finish the etape on the top of Alpe D’Huez. That is going to be fantastic… I guess this is the day I will chose.

Foi anunciado hoje a Etape du Tour do próximo ano. Vai ser uma etapa diferente dos últimos anos: dois dias em vez do tradicional um dia de corrida. Em 11 de Julho enfrentamos a etapa 19 do Tour: 109 quilômetros com três montanhas: Telegraph, Galibier e Alpe D’Huez. A segunda corrida será no dia 17 de julho com 208 quilômetros somente com montanhas de tamanho médio. É a etapa 9 do Tour.

Em geral estou um pouco desapontado. Depois do anúncio do Tour de ontem a espectative era que a corrida seria na etapa número 18: 189 kms com 3 das maiores montanhas da França: Col Agnel com 60 kms de subida, seguido de L’Izoard com 39kms e finalmente Galibier com 35kms. Seriam 150kms de subida. Uma etapa épica para os amadores.


A corrida do dia 11 será contra o relógio do final das contas. Nada tão difícil que não alguém corra o risco de não terminar. Mas também vai ser perigoso. A corrida começa com 25 kms de descida. Para começar uma corrida com outros 9 mil e 500 ciclistas em descida me parece bastante perigoso. Todo mundo vai estar querendo fazer tempo e vão acabar fazendo besteira. A descida do Galibier também vai ser bem perigosa. A subida não vai espalhar os ciclistas o suficiente. A única parte boa é terminar no Alpe D’Huez. Isso sim vai ser fantástico...

Primeiro treino e Why I like cycling

PRIMEIRA TREINO



Durante toda minha vida eu fui acusado pelos meus pais de inconsistência. Não na cara mas uma pessoa pode sempre dizer o que os pais estão pensando quando você aparece com um novo hobby um pouquinho cedo demais. “Mas você nem aprendeu a tocar guitarra direito rapaz!”. E ainda assim eu ficava tentando convencê-los de que este era o hobby que você ia carregar para o resto da nossa vida. Eu tinha finalmente achado o hobby perfeito, uma coisa para me minha higiêne mental que manteria minha sanidade mental no futuro duro da vida real. E eles deveriam ficar felizes por você.

Mas eles me conhecem muito bem. E eu não posso culpá-los por serem céticos. Eu pulei de interesse para interesse sem nunca dar tempo suficiente de ser bom naquilo que eu estava fazendo. Do Judô a tocar bateria, do Tae Kwon Do a fotografia, de guitarra a colecionar selos. E desde que eu me casei as coisas não mudaram muito. Minha pobre mulher herdou parte dessa minha mania de mudar interesses (salvo por ela, que é constante, juro). E quando um dia comentei que estava pensando em começar a fazer ciclismo eu não posso reclamar da "de verdade? outro hobby?" reação dela. Mas para lhe dar crédito, depois dessa conversa ela me deu e vem me dando suporte desde então. Acho que também é um bom momento de dizer que eu não vinha fazendo esporte pelos últimos 10 anos e estava pesando perto dos 100 quilos.

Isso foi quase há 4 anos e, contra todas as espectativas, ciclismo continua sendo o meu hobby e quase obsessão. E tudo começou de verdade no dia que minha filha nasceu. Minha esposa estava no seu nôno mês de gravidêz mas de qualquer forma eu tinha decidido fazer minha primeira corrida naquele dia, domingo 22 de abril. Quando acordamos, ainda perguntei se ela estava bem. Se havia risco de ser aquele o dia. Mas ela disse que não me preocupasse. Que eu podia ir tranqüilo e tomar o tempo que quisesse. "Pode ir. Sem problemas. Não vai ser hoje. Nem se preocupe!", ela disse. Tipo "famous last words"...

Claro que aquela não foi uma corrida "de verdade" se comparada com as de hoje. Na verdade foi até um pouco ridícula. Naquela época a minha bicicleta "de corrida" era uma velha, enferrujada magrela de aço. Tinha sido presente do meu sogro e sogra 7 anos antes e era usada basicamente para pequenas voltas recreativas. Eu não tinha nem uma garrafa de água, capacete, sapatos apropriados e muito menos uma camisa de ciclismo. Tudo o que eu tinha era era uma camiseta de algodão, a bicicleta e uns calções de ciclismo que estava usando em aulas de spinning. E, é claro, o celular. Por se "acaso"...

A corrida foi de uns 30 quilômetros ao redor da casa, o que hoje parece uma volta realmente diminuta. Mas era um domingo de sol, por volta dos 30 graus, sem vento e eu curti muito. A velocidade mais alta do que eu estava acostumado e a sensação de estar fazendo aquilo com um objetivo me deixou com um sentimento muito bom. Quando eu estava por volta de 1 hora e meia na corrida, o acaso aconteceu, o celular tocou e eu pedalei prá valer prá casa. As contrações tinham começado e o tempo entre uma e outra estava ficando cada vez menor rapidamente. Então cheguei em casa, mulher ainda calma, banho rápido, carrera pro hospital. Tudo no final acabou bem e as duas coisas ficaram conectadas na minha cabeça: um dos momentos mais importantes da minha vida até então com o outro que prometia mudar minha vida dali em diante.

Hoje eu sigo pedalando cada vez mais forte e espero cada vez mais rápido. Eu mantenho o "hobby" que se tornou uma forma de viver e mudou minha forma de encarar várias coisas desde o lado profissional até o familiar e de saúde. E sempre mantenho a memória daquela sensação do primeiro dia e primeiro treino.

Gym Training: Spinning - 12 Aug 2010

Total time: 45m19s

Zone 4 (>178bpm) =  5:30

Zone 3 (150 <> 178) =  31:35

Zone 1 & 2 (< 150bmp) =  8:14

Average HR: 162

Top HR: 185

88% of Max HR

717 kcal

 

Novo Desafio


Alpe D'Huez: the new challenge

Antes que batesse a depressão pós L’etape Du Tour eu decidi arranjar outro desafio. Um pouco mais fácil e mais agradável. Vou outra vez para França. Mas de férias. E vou trazer a bicicleta. Vou ficar uma semana e quero subir 3 ou 4 montanhas famosas da região dos Alpes. A idéia é sair de casa cedo, fazer uma montanha com poucos quilômetros rodados. No máximo 50kms e encontrar a família em algum lugar para continuar o dia de turismo.


A primeira montanha que vou tentar é o Alpe D’Huez. Famosa pelas 21 curvas com gradientes por volta dos 8%, ela tem 22 kms de extensão. Não tenho nenhuma ambição em relação ao tempo que vou fazer. Quero terminar a subida sem parar e aproveitar a vista. Máxima inclinação é de 10.5%. Na Holanda, o Alpe D’Huez é das subidas mais famosas e há muitos holandeses que saem de Amsterdam em direção à França para completar a subida em 3 dias ou coisa do gênero.

A segunda que quero fazer é o Col Du Galibier. Essa montanha faz 100 anos que faz parte do Tour de France e está sendo cogitada como favorita para fazer parte da L’Etape do ano que vem. Talvez ela no meio e terminando no Alpe D’Huez. O Galibier pode ser feito de 3 formas. Uma saindo do sul, na vila de Lauteret. É a mais fácil com 8.5kms e uma média de 7% e máxima de 12% (mas somente por pouco menos de 500 metros).

A segunda e terceira forma são na verdade a mesma estrada, desde a vila de Le Châtelard. Desde essa vila até o topo são 35 kms. Mas pode-se fazer a versão “curta” dessa subida, começando desde Valloire, o que dá uns 18 kms. Desse lado a coisa apesar de longa, não é mais suave: média de 8% de inclinação e máxima de 10.1%. O que eu estou realmente pensando em fazer é subir pelo lado curto, recuperar fisicamente na descida do lado longo e subir os 35kms de volta.

As outras duas subidas que eu estou de olho são o Col de la Croix de Fer e Col de la Madeleine. Todas duas com mais de 15kms e inclinação por volta dos 10%. Mas essas eu ainda tenho que pensar com cuidado e ver se possíveis no prazo de 7 dias que vou ficar na França. Tenho que equilibrar família, turismo e férias (relaxar, dormir, comer boa comida, etc.).



Before the depression post L’Etape Du Tour kicks in I’ve decided to find another challenge. A little bit easier and more pleasurable. I’m going back to France. But on holiday this time. And I’m going to bring the bike to do some climbing. I will stay 1 week and climb 3 to 4 mountains in the Alps. The idea is to go out of the house earlier, climb a mountain with feel kms in the legs. Max of 50 kms away. And meet the family somewhere to go on turism.


The first mountain that I’m going to see is Alpe D’Huez. Famous for its 21 turns with average of 8% inclination and 22 kms. I don’t have any ambition of climbing time. I want to go up without stops and enjoy the view. That’s all. The max incline is 10.5%. In Holland AlpeD’Huez is very famous and there are a couple of dutch guys that leave Amsterdam and climb it during a 3 days ride.


The second that I want to do is Cold du Galibier. This one will make a 100 years that is part of the Tour de France next year and it is a very good candidate for the Etape. Some people are even talking about having it on the middle of the ride and finish on the top of AlpeD’Huez. Tough. You can climb it in 3 ways. One coming up from south, from Lauteret. It is the shortest with 8.5 kms and a average of 7% and a max of 12% (but only for around 500 meters).


The other 2 ways are actually the same road from north from Châtelard. . You can do the long way, with 35mks or the short version with 18kms from Valloire. This side the ride is as harder: average of 8% and max incline of 10%. What I’m planning to do is to climb the short side, recover during the descend of the longest side and climb it back. Hard work for sure.


The others climbs that I’m looking to do are Col de la Croix de Fer and Col de la Madeleine. Both above 15kms and inclination of around 10%. But I don’t have information yet about those. I need to fit them on the 7 days I will in France with the family and the real holiday activities.

Tour de France - O resultado

Estou de volta à Holanda. Cheguei na terça-feira de madrugada e ontem foi um dia meio de ressaca. Mas aqui vai o relato das aventuras do último domingo.

Ficamos em um hotel a 5 kms do local de largada. O que quiz dizer que eu pude dormir até as 5:00 da manhã. Diferente o ano passado que tivemos que acordar às 2:30 da madrugada. A gente saiu do hotel às 6:00 e uma das partes mais legais da corrida é o caminho até a largada. Todo o grupo da Nike, mais ou menos 42 pessoas, pedalando silenciosamente nas ruas quase desertas.

Ao chegar ao local, a gente se dividiu de acordo com os números de cada participante. Eu e outros dois colegas, que tinham números parecidos, decidimos dar uma parada no banheiro antes de ir ao próprio local de partida. A largada é dividida em várias fases e quanto mais na frente você estiver melhor. Quanto mais atrás, pior. Acontece que depois do xixi, a gente se perdeu e prá resumir a história, quase perdemos o prazo máximo de entrar no lugar reservado prá gente. Faltando somente 2 minutos para o prazo final encontramos o lugar certo. Nervosismo grande! Mas afinal estávamos prontos para o grande dia. 7:00 horas da manhã, já fazendo 25 graus e a promessa de um dia quente e uma corrida muito dura. A expectativa, que provou ser correta, era que 50% dos participantes não consegueria terminar no prazo máximo de 11 horas e 30 minutos.

Dada a largada, começamos a corrida em ritmo forte, mas sem ir além do limite. Velocidade média de 35 kms/h. O início da corrida, na cidade de Pau, é bem plano e todo mundo queria ganhar tempo alí. A coisa foi seguindo até a marca dos 60 kms com pouca coisa interessante acontecendo: quase me envolvo em um acidente com outros 20 ciclistas (escapei porque empurrei o cara do meu lado), encontrei alguns brasileiros prá conversar um pouco e um colega que acertou outro ciclista a 30 km/h e tívemos que parar porque no acidente ele furou o pneu...

Falei nos 60 kms porque é aí que a coisa aperta. Chegamos a primeira montanha do dia: O Col de Marie Blanque. Mas os primeiros 8 kms são de inclinação leve: 5%. Os último 4 kms é entre 11 e 13%. Imagine a ladeira do sol, mas com quatro quilômetros de extensão... Eu comecei a subida bem tranqüilo e estava seguindo na minha velocidade, por volta dos 6 km/h quando o cara na minha frente cai da bicicleta e eu não consigo desviar. Nessa parte da subida, tinha tanta gente junto ainda que era impossível desviar. Levo a queda, mas me levanto rápido. Tive que tentar 3 vezes para finalmente conseguir encaixar o sapato no pedal e seguir. Faltando 2 kms para o topo, uma ambulância abre caminho entre a multidão de ciclistas. Um sujeito tinha acabado de ter um princípio de ataque cardíaco devido ao esforço. Resultado: a coisa ficou tão congestionada que todo mundo teve que descer da bicicleta e caminhar os últimos 2 kms... Uma chateação porque uma das minhas resoluções desse ano era fazer a corrida sem caminhar.

Passado o congestionamento, subi de novo na bicicleta e segui até a primeira parada programada do dia. O primeiro posto de reabastecimento de água. Alí reencontrei parte do time da Nike e seguimos viagem. Ao sair do food station, uma coincidência incrível: vi parado ao lado da rua o mesmo brasileiro que tinha pedalado comigo no Mont Ventoux na etapa do ano passado. Não sei como, mas lembrei o nome dele e gritei ao passar rápido. "Glauber, aqui é Wagner, do ano passado!" E ele grita de volta: "Diz Aí Garoto!" E foi tudo o que eu consegui escutar enquanto descia a montanha a 60 kms/h.

Mas aí acabaram as coisas simpáticas e legais do dia... O calor começou a apertar de verdade: 35 graus. E eu comecei a sentir o que eu achava que eram câimbras. Uma colega, ao me escutar reclamando, me disse que achava que o problema não era exatamente câimbras, mas eu tinha uma overdose de açúçar no sangue. Estava tomando muito gel e líquido energético e tinha pouca água no organismo. Isso faz com que os músculos comecem a ter contrações muito semelhantes às câimbras. Acreditei na sugestão e decidi fazer os próximos 15 kms sem beber nada já que só tinha líquido energético e não água pura. Reduzi a velocidade e a coisa funcionou. As dores pararam mas me custou perder o grupo de colegas da Nike momentaneamente.

Aos 112 kms re-encontrei o grupo e chegamos a segunda montanha do dia: o col de Sourlor. Eles estavam não mais do que uns 800 metros na minha frente. E agora o calor estava insuportável. 39 graus! É quente demais prá ficar parado tomando cerveja. Prá pedalar a 30 km/h no plano ou 22 km/h nas subidas leve é quase insuportável. E pior, a partir daí teríamos que subir 10 kms com uma inclinação de 8%. Comecei a subida com calma, mas o calor fazia com que meu coração chegasse aos 170 batidas por minuto muito rapidamente. O que me fazia cansar fácil. E tinham pouquíssimas sombras prá fujir do sol escaldante. Então o jogo foi o seguinte: eu pedalava por 2 kms, até me sentir no limite. Parava na primeira sombra que encontrasse e relaxava por tempo suficiente para o coração baixar até os 120 bpm. Ficava parado mais ou menos 30 segundos. Ao mesmo tempo, jogava água na nuca, costas e pernas prá baixar a temperatura do corpo. Assim fiz os 10 kms, ou seja, parei 4 vezes até o topo. Não fiz um tempo brilhante mas garanti que não explodia já que ainda tinha que enfrentar o mostro do Col de Tourmalet. A montanha que acabou comigo 3 anos atrás. A descida do Col de Sourlor foi das mais legais que já fiz. Com um top de 72 kms/h, foi uma descida de 18 kms muito rápida, técnica mas não extremamente perigosa. Foi das mais divertidas e bonitas que eu já fiz em 3 anos de ciclismo.

Agora era procurar se esconder o máximo possível do vento atrás de outros ciclistas. Economizar energia e se preparar para a subida mais difícil do dia. Ao chegar ao pé do Col de Tourmalet, quando você encontra a placa '20 kms para o topo', dá um certo aperto na garganta. Você está quase lá. Dos 184 kms, só faltam 20! Mas ao mesmo tempo, ainda faltam 20. E são todos de subida. Com média de 7.5% de inclinação. Com máximo de 12%. Logo no começo da subida encontrei um grupo de paulistas. Um na frente, com melhor condição física, dando apoio todo o tempo aos outros 3 ou 4. "Vamo lá pessoal. Isso é igual a serrinha", ele gritava. Eu ainda conversei com ele um pouco e depois continuei a minha subida. Fiz a mesma estratégia de parar quando o coração disparava e jogava água no corpo prá baixar a temperatura. O calor era tão grande que o pessoal que estava assistindo a passagem começou a pegar água nos pequenos agueiros que estão nas encostas da montanha e jogavam água nos ciclistas. Isso era um alívio muito grande e não vou muito longe em dizer que muito ciclista tem que agradecer a eles o fato de terem conseguido chegar ao final.

Faltando 7 kms para o topo, havia uma estação de abastecimento de água. Ali reabasteci mais uma vez minhas garrafas e segui até o final. Eram 5:30 da tarde e o prazo máximo era 6:30. Tempo suficiente. Segui na calma e cheguei aos últimos 500 metros com esforço mas sem me matar. O pessoal que estava alí esperando alguém da família ou amigos encorajava os ciclistas. E gritando quantos metros faltavam. Faltando 300 metros, já com a chegada à vista, um cara montou uma banquinha prá vender coca-cola geladinha. O cara, muito esperto, colocava uma latinha gelada em cima da banquinha. A latinha gelada suando no calor era uma visão quase inacreditável. Eu não resisti à tentação e parei. Comprei uma latinha de coca-cola. Bebi na calma. O pessoal gritando: Allez, allez (vai lá, vai lá) e eu na boa. Bebendo a melhor coca-cola do mundo! Terminei a latinha, dei um arroto e terminei a corrida às 6:04. 11 horas e 4 minutos de corrida. Muito feliz com o resultado por ter feito sem me matar como no ano passado e sem risco de ser eliminado. Numa corrida mais dura ainda que a do ano passado. Mesmo com minhas paradas e a coca-cola, eu fiquei somente entre 5 e 10 minutos atrás do grupo da Nike. O que também me deixou feliz.

Barreira dos 2 mil ultrapassada | Passed barrier of 2 k kms

Essa semana eu passei dos 2 mil quilômetros de treino desde janeiro. No total contando desde Novembro do 2008 passado eu fiz 5054 quilômetros. Nada mal. No último domingo fiz 150 kms bem fortes com um time de 4 colegas da Nike e na terça e quinta-feira fiz treino de intervalo. Na sexta-feira fui de bicicleta pro trabalho e puxei muito forte contra o vento. Foi um treino muito bom. Mas o resultado é que foi uma semana muito forte de treinamento e as defesas do seu organismo baixam por causa disso.
E na sexta-feira um colega foi trabalhar com bronquite. Ficamos juntos na mesma sala fechada por todo o dia e o resultado é que eu peguei uma gripe. Não é uma bronquite mas tenho que tomar muito cuidado. Hoje, domingo, era dia de treino mas desisti. Perdi uma corrida de 150 kms e agora faltando 29 dias para a L'Etape du Tour, não tenho muitos finais de semana de treino sobrando. Estou realmente chateado...

This week I've passed the 2 thousand kilometers since January. In total couting since November from 2008 I've done 5.054 kms. Not bad. In the last Sunday I've done 150 kms very strong with 4 colleagues and on Tuesday and Wednesday I've done interval training. Friday I went to work by bike and pused the whole time against the wind. It has been a good training. But the result is that it was a very strong training week and my defenses went down.
On Friday a colleague went to work sick and I got it. Nothing really serious but I need to be careful and I've cancelled a ride today, Sunday. With only 29 days left for the big day, I don't have many weekends to miss training. I'm really pissed...
The black rider: Giant OCR composite with Shimano Ultegra SL
Porque está todo mundo falando em copa do mundo, eu vou falar na minha bicicleta nova. Até o final do ano passado, eu tinha (quer dizer, ainda tenho) um bicicleta belga da marca Ridley. O modelo é um dos mais simples, Triton. Com quadro de alumínio e garfo de fibra de carbono. É uma boa bicicleta que decidir manter para ser meu cavalo de batalha para os dias chuvosos e treinos de inverno. E afinal porque ela me levou nas costas por quase 3 mil quilômetros, incluindo o topo do Col de Tourmalet, Mont Ventoux e outros lugares fantásticos.

Mas é relativamente pesada e me deu alguns sustos devido a instabilidade na hora de descer montanhas. Quase levei uma queda a 70 kms/h dois dias antes do L'Etape do ano passado. Um colega que tem exatamente a mesma bicicleta para treino mas nos dias de corrida usa uma Pinarello Corsa, me disse que a diferença era descer uma ladeira cheia de curvas num carro esporte ou num ônibus (no caso da minha, está claro). Também não se pode dizer que tenha um quadro realmente rígido.


Eu já tinha lido e escutado muito sobre a importância da rigidês do quadro. Quão mais rígido o quadro melhor responde a bicicleta. É claro que rigidês pode vir às custas de peso. Então o jogo é manter a bicicleta o mais leve e o mais rígida possível. Mas eu não tinha dado tanta importância assim até o dia que enfrentei a primeira ladeira de verdade com 15% de inclinação na minha bicicleta nova: uma Giant OCR composite com marchas e freios Shimano Ultegra SL compact e rodas da marca Rodi (o ponto fraco que eu trocaria se tivesse mais dinheiro). A bicicleta no total pesa 11 quilos e responde como um sonho. Descendo ladeiras fortes ela faz curvas fechadas aos 40 kms/h com toda confiança e no flat eu consigo manter 40 kms/h com muito mais facilidade.


E ela chega ao seu melhor mesmo é nas subidas. E é aí que a rigidês do quadro paga pelo preço da bicicleta. A cada pedalada, você sente a bicicleta realmente indo prá frente. Subindo a ladeira. É como se toda a força que você coloca no pedal se transforma em movimento para frente através das rodas. Na bicicleta antiga você sente como se alguma coisa estivesse se perdendo na bicicleta. Parte da força ficasse na bicicleta e nunca chegasse até o chão na forma de movimento. No último Limburgs Mooiste, enfrentei algumas das subidas sem mesmo precisar puxar o coração para a zona vermelha e subi ladeiras pesadíssimas com esforço, mas sem a assombração que não estava indo a lugar nenhum. Eu simplesmente adoro minha bicicleta nova... Vai ser show de bola na França...



Because everybody only talks about the world cup,I’m going to talk about my new bike. Untill the end of last year I had (well, I still have got it) a bike from Ridley. The model was a very basic one, Triton with alloy frame and carbon fiber fork. It is a good bike that I’ve decided keeping to be my working horse during raining days and winter trainings. And at the end she brought me to close to 3 thousand kilometers, including the summit of the Col de Tourmalet, Mont Ventoux and other fantastic places.


But it is relatively heavy and gave me some scary moments during descends. I almost felt once during a 70 kms/h descend. 2 days prior to the L'Etape from last year. A colleague that has the same bike for training and a Pinarello Corsa for racing, told me that the difference is like a sports car from a bus (in the case of my bike, of course). I also can’t say it has a very rigid frame.I have read a lot about the importance frame rigidity. The more rigid the frame the better. Of course, rigidity comes to a price of weight. Then the game is to keep a very light bike that is still rigid. But I haven’t given much importance until I faced my first real climb with the new bike: a 15% climb.


The bike is a Giat OCR composite, full carbon, with gears and brakes Shimano Ultegra SL and Rodi wheels (the piece of the bike I would like to change but don’t have the money). It weighs 11 kgs and respond as a dream. It is able to do turns on heavy descend at 40 kms/h and I can keep that speed for much longer on the flat. But she really comes to her element on the climbs. And that is also where the ridigity pays the price tag. To each stroke of the pedal you can feel that the power is transferred to the road and the bikes pushes forward. Each push is going to the road thru the wheels. In the old bike it was like something was lost in the bike itself. Part of the power stayed on the frame, basically in the form of movement. In the last Limburgs Mooiste, I faced very tough climbs without the need to go the red zone. I simply love my bike…


150 kms - speed ride

Hoje fiz 155 kms no centro da holanda. Saí da minha casa as 6:30 da manhã e fui em direção norte. Encontrei outros 3 colegas e continuamos pela região central. A diferença dessa volta em comparação com a outra de 3 semanas atrás é que tínhamos um "local" nos indicando os caminhos mais interessantes. Ou seja, os menos planos e com mais subidas. Fomos outra vez até Amerongen e consegui chegar em segundo lugar no grupo. Uma boa volta. Estamos combinando fazer 200 kms em 3 semanas.
Faltando 35 dias para a etapa, estou bem perto dos 2 mil quilômetros rodados. Faltam somente 30 que eu acho que bato na próxima terça-feira quando for ao trabalho. Agora é dormir porque o cansaço é grande.

Today I've done 155 kms around mid Holland.I've left home around 6:30 and went in direction north. I've met other 3 colleagues on the way and we stayed around the center of the country. The difference of this ride with the other we did 3 weeks ago is that we had a "local" with us that indicate the most interresting ways. Meaning the least flat and with more climbs. We went again to Amerongen and I've managed to get to the top in second place in the group. Good ride. We are arranging a 200 kms ride in 3 weeks...
Now there are only 35 left to the L'Etape and I'm very close to the 2 thousand kms. Only 30 kms short and I think I will hit the mark next tuesday when I go to work. Now it is time to sleep...
Very nice ride with 25 tough climbs. This was the best of the year.

Nesse sábado foi a vez da corrida chamada Limburgs Mooiste. Foram 150 kms no sul da Holanda (outra vez) com 25 subidas que fizeram um total de 65 kms de “escalada”. Fizemos tudo num total de 8 horas e 20 minutos dos quais 6 horas e 50 de pedalada. A corrida foi fantástica, com um clima de 31 graus, com subidas fortes e descidas rápidas. Algumas das subidas eram velhas conhecidas, como Vaalseberg, Les Waides e Eysebosweg, todas por volta dos 15% de inclinação.
Fiz a corrida com um par de colegas da Nike e começamos dosando o esforço já que no total esta era uma corrida bem exigente. Na Vaalseberg, por exemplo, que chegou a quase me matar a alguns anos atrás, a coisa foi bem tranqüila. Subi mantendo o coração por volta dos 165bmp e a rotação por volta dos 70 rpm. Nas outras subidas testei inclusive subir em pé na bicicleta e foi bem. As descidas foram bem rápidas e divertidas. Em algumas delas consegui me juntar a grupos de ciclistas que pareciam conhecer o lugar e consegui descer bem rápido (por volta de 60km/h).
Somente entre os 90 kms e os 120 kms eu comecei a sentir alguma caimbra. Mas acho que foi devido ao calor. Por volta dos 40 graus naquela hora. Mas resolvi o problema numa “food station” (lugar onde se pode pegar água e barras de energia). Eu enchi a minha garrafa de 1 litro e simplesmente joguei nas minhas costas e pernas. Isso resolveu na hora e consegui seguir sem problemas. No final feliz com o resultado.
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This Saturday I’ve done the Limburgs Mooiste ride. 150kms in the south of Holland (again) with 25 climbs that made a total of 65kms of climbing. We’ve done in a total of 8 hours and 20 minutes of which 6 hours and 50 minutes or riding. The ride was fantastic in 31 degrees Celsius weather, heavy climbing and fast descents. Some of the climbs were old “friends” like Vaalseberg, Les Waides and Eysebosberg. All around 15% inclination.
I’ve done the ride with a couple of colleagues and we’ve paced most of the time as it was a hard ride. In Vaalseberg, for instance, that almost killed me 2 years ago, now was very easy. I’ve done it keeping my heart at 165 bpm and 70 rpm cadence. In the other climbs I’ve even tried done it standing on the bike and it went well. The descents were very fast and fun. In some I’ve manage to hang to groups that looked like they know the place and we went very fast, around 60km/h.
Only between the 90 and 120 kms I’ve started to get some cramps. But I think it was due to the heat. Around 40 degrees Celsius at that moment. But I’ve solved the issue in the next food station, where I filled my 1 liter botlle and basically threw at my back and legs. That did the trick and I could keep going with no problem. At the end very happy with the result.

132 kms na chuva || 132 kms in the rain



Neste domingo eu fiz 132 kms entre minha casa e Bergen op Zoom no sul da Holanda. Foram 5 horas e meia contra o vento e com muita chuva. O caminho é bem conhecido e tem umas retas de 10 a 15kms. E foram todas contra o vento. A sensação era de estar subindo uma ladeira com 5 a 7% de inclinação. Bom treino mas nada agradável.
A chuva era tão forte que eu tive que colocar os óculos escuros porque os pingos estavam doendo nos olhos. Um sinal de como forte estava o vento é quando passei por alguns desses cataventos para gerar energia e eles estavam a toda velocidade...
Hoje é dia de interval training outra vez. Amanhã venho de bicicleta ao trabalho e no sábado tenho Limburgse Mooiste. Uma corrida de 150 kms no sul da holanda com 24 subidas, algums extremamente pesadas...

This Sunday I've done 132 kms from my home to Bergen op Zoom in the south of Holland. It was 5 and a half hours against the wind and rain. The way is well kwown to me and it has some straight lines of 10 to 15 kms. And all of them against the wind. The sensation was of climbing 5 to 7% hills. Good training but not really pleasant. The rain was so strong that I have to wear the sunglasses because the rain drops were hurting my eyes. A sign how strong the winds were was the wind turbines going at full speed…Today it is interval training day again. Tomorrow I will come by bike and on Saturday I will go to Limburgse Mooiste. A very tough ride of 150 kms in the south of Holland with 24 climbs. Some extremely hard…

132 kms na chuva in the rain

132 kms na chuva in the rain

Teste Físico || Fitness Testing



30 segundos vídeo do teste. Eu estou usando o vídeo para decidir minha posição na bicicleta. Eu acho que preciso mover a sela um pouco para frente e talvez para baixo já que meu joelho não está alinhando com o clit do sapato quando o pedal está paralelo com o chão.
30 seconds video of the test. I'm using it to decide my position on the bike. I think I need to move the sit a little bit forward and lower as my knee isn't aligned with the shoes clits when the pedal is horizontal to the ground.

Ontem eu fiz o segundo fitness teste deste ano. O primeiro foi em Janeiro e eu consegui terminar gerando 270 watts de potência, com um limite de lactate de 178 bpm de ritmo cardíaco e máximo de 195 bpm. Desta vez eu peguei leve e não puxei o meu limite como no ano passado. Meu objetivo pessoal era atingir os 300 watts. E foi exatamente o que eu consegui. Eu fui gradualmente até a marca dos 300 watts e parei. Meu coração estava no momento na marca dos 184 bpm e eu senti que poderia ter continuado segundo até o próximo nível. Talvez até os 320watts. O fisiologista que acompanha o time da Nike disse que o resultado era bom porque eu consegui chegar até a marca sem um esforço desesperado. Bom sinal...

Yesterday I've done the second fitness test from the year. The first one was in January and I've manage to do 270 watts with a lactate threshold of 178 bpm and max hr of 195 bpm. This time I've taken it easy and didn't push myself mentally like last year. My personal target was 300 watts. And that is exactly what I've done. I went steadily until I hit the 300 watts mark and then stopped. My heart rate at the moment was 184 and I felt that I could keep going for another level up. The phisiologist that supports the Nike team said that the result is good because it wasn't a desperate effort to achieve the 300 watts, but a steady and estable push. Good sign...

Bom treino com time || Nice team ride and big miss

Nesse domingo eu fiz um bom treino com 5 outros colegas. Fizemos 140 quilômetros em exatas 5 horas. Foi um treino totalmente no plano, sem subidas, mas em boa velocidade todo o tempo. A velocidade média foi de 28km/h devido a termos perdido o caminho várias vezes. O que faz com que você diminua a velocidade para procurar o caminho. Fizemos alguns sprints de 45km/h e uma boa parte (+/- 15kms) aos 35km/h. Bom treino. Minhas pernas estavam doendo em boa parte da volta, mas não tive problemas com câimbras.
A parte ruim é que na segunda-feira eu era suposto participar em uma corrida que vinha esperando desde o ano passado. O Elfstedentocht. É uma volta de 240 kms pelo norte da Holanda e é uma festa. Como era feriado nacional, as pessoas estariam nas ruas e em cada cidade de controle na rota (são 11 ao todo = daí o nome elf = 11 steden = cidades) há bandas tocando, os cafés estão abertos, gente na rua, etc. Mas eu esqueci completamente e deixei 2 colegas na mão... totalmente puto comigo mesmo...



Last Sunday I’ve done a nice ride with other 5 colleagues. We’ve done 140kms in exact 5 hours. It was a good training in the flat, no climbs, but with good speed the whole time. Average speed was 28km/h because we’ve got lost a couple of times, what makes you slow down to find the way again. We’ve done some sprints up to 45km/h and a good stretch of 15kms around 35km/h. Good quality traininig. My legs were painful in good part of the training but I didn’t get cramps.
The bad thing is that I was supose to participate in a ride on Monday. It was a ride I was waiting since last year and I forgot completely. It’s called Elfstedentocht and it is a 240 kms run in the north of Holland. As it was national holiday, people would be on the street and every control city (11 in total = hence the name – elf = 11 and steden = cities) there would be bands playing, cafés and people in the street. I’m totally pissed…

This week

Esta semana foi dedicada a treino de intervalo. Segunda e quarta-feira eu fiz 1 hora de spinning com 4 intervalos de 8 minutos perto do limite de lactate com 2 minutos de descanso. Nos dois dias os dois primeiros intervalos foram duros mas os outros dois foram mais fáceis.Também venho treino bastante para a região lombar com exercícios e alongamentos.
Este domingo está na programação uma corrida com o time da Nike por volta dos 150 kms. Vai ser provavelmente uma volta bem rápida. No final vai ser uma preparação para o próximo desafio: Limburgse Mooiste. Uma volta de 150kms na região de Limburg. A parte difícil dessa corrida é que tem 24 subidas, todas por volta dos 15% e algums chegando a 20%. Dessa vez sem câimbra. Espero...

Essa semana também fiz o pedido das pilulas mágicas contra câimbra que um colega me deu durante a corrida. Elas se chamam Sportlegs (www.sportlegs.com) e são usadas por vários profissionais. A idéia é que se tome 2 pílulas no começo da corrida e 1 a cada duas horas para evitar câimbra e a sensação de que os músculos estão queimando.

This week was dedicated again to interval training. Monday and Wednesday I've done 1 hour spinning training with 4 x 8 minutes interval around lactate threshold with 2 minutes rest in between. In both days the 2 first intervals were very hard, but the second and third were fine and the back pain is much better. Also, I've been doing a lot of exercise and stretching for the lower back.
This Sunday, team ride for around 150kms. It will be probably very fast. And all in all, preparation for the next very big challenge: Limburgse Mooiste. 150 kms im the Limburg area of Holland. The hard part of this ride is not the distance. Is that it has 24 climbs all around 15% and some going to t 20%. I hope this time without cramps.

Also this week I've ordered the magic pills againts cramps that a colleague gave to me during the ride. They are called sportlegs (www.sportlegs.com) and the are a couple of professionals using it. The idea is that you take 2 pills before the ride and 1 every 2 hours to avoid cramps and burning legs sensation.